19 de Mai, 2016

46ª Assembleia debate geração de energia para saneamento

Mesa-redonda enfatizou as energias eólica e fotovoltaica para consumo no saneamento básico, no dia 18 de maio.


O saneamento básico é um grande consumidor de energia elétrica por conta do processo de bombeamento da água. Nesse sentido, existe a necessidade de melhorar os mecanismos de eficiência energética e buscar novas fontes de energia que possam minimizar os gastos do processo. A eficiência energética e as alternativas de geração de eletricidade para o saneamento foram apresentadas na tarde de quarta-feira, 18 de maio, durante a 46ª Assembleia Nacional da Assemae, em Jaraguá do Sul (SC).

O diretor de assuntos internacionais da Assemae e superintendente do SAAE de Salto (SP), Paulo Takeyama, coordenou a mesa com a participação do professor de engenharia mecânica do Centro Universitário (Católica de Santa Catarina), Pedro Alvim; do pesquisador do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Pinho Almeida; e do Engenheiro de Aplicação do Centro de Negócios de Eficiência Energética/WEG S.A. (SC), Dany de Moraes Venero.

O professor Pedro Alvim apontou o uso da energia eólica, produzida a partir dos ventos e criada por meio de aerogeradores, para o saneamento básico. Nesse modo de geração de eletricidade, a força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina, que aciona um gerador elétrico. “A eficiência energética reduz significativamente os custos do setor, uma vez que o saneamento é o maior consumidor desse tipo de energia”, comentou. A escolha do local é de grande importância para saber se é possível produzir a energia eólica, assim como um estudo técnico de viabilidade eólica, que é essencial para o sucesso dessa opção.

A energia solar fotovoltaica para o saneamento foi apresentada por Marcelo Almeida. Esse tipo de energia é produzida a partir da luz do sol, e pode ser gerada mesmo em dias nublados ou chuvosos. O palestrante explicou que quanto maior for a radiação solar, maior a quantidade de eletricidade produzida. “O uso desse tipo de energia serve para o resfriamento dos módulos devido à evaporação, redução da evaporação da água, redução da proliferação de algas, além de ter grandes áreas disponíveis para a instalação”, ressaltou o pesquisador.

Dany de Moreas comentou os altos custos das tarifas de água no Brasil, tendo reflexos diretos nas empresas de saneamento básico. “Uma grande dificuldade que encontramos hoje é a ausência de medidores de eficiência energética, e o desconhecimento que ainda existe sobre os reais benefícios gerados com o uso de alternativas renováveis”, acentuou.

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