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21 de Junho, 2017

Especialistas debatem mecanismos de regulação

Especialistas debatem mecanismos de regulação

A mesa-redonda ocorreu na terça-feira, 20 de junho, durante do 47º Congresso da Assemae

Os 10 anos da Lei 11.445/2007 foi base para a realização de mesas-redondas na tarde desta terça-feira, 20 de junho. Dentro dessa perspectiva, a mesa-redonda 5 abordou no auditório Amoreira II a regulação como instrumento para garantir a sustentabilidade do setor de saneamento.

O debate foi coordenado pelo presidente da Assemae Regional de Santa Catarina e diretor-presidente do Samae de Jaraguá do Sul, Ademir Izidoro. E como palestrantes, o diretor geral da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES PCJ), Dalto Favero Brochi; o professor do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Ivo Teixeira Gico Junior; e o diretor do Departamento de Planejamento e Regulação da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Ernani Ciríaco de Miranda.

Ernani Miranda apresentou um panorama geral sobre o tema, a partir da visão do Governo Federal, destacando a regulação é importante para garantir a sustentabilidade e transparência do setor. “Com a Lei veio o avanço no entendimento e na percepção sobre a regulação. Seja em autarquia, empresa municipal, empresa estadual, ou departamento, todos devem ter regulação, buscando melhorar o atendimento da população”, comentou. O palestrante destacou ainda dois pontos que considera fundamentais: a fiscalização e a participação da população no controle social, que se somam à regulação de forma estratégica na questão da transparência.

A visão acadêmica sobre a Lei foi apresentada pelo professor Ivo Gico Junior. Ele explicou que para haver a regulação é necessário ter objetivos claros sobre o que se deseja alcançar. “A regulação funciona com regras sobre determinado assunto, visando sanar conflitos de interesses entre as duas partes envolvidas”, acrescentou.

O diretor da Ares PCJ, Dalto Brochi, argumentou que a regulação econômica pode garantir a sustentabilidade dos serviços de saneamento, mas deve considerar a capacidade do usuário em pagar por esses serviços. Lembrou, ainda, que “os prestadores precisam investir em gestão e ações que traduzam eficiência e, assim, garantir a sustentabilidade, por meio de investimentos em qualidade da água, eficiência energética, combate às perdas e fraudes, capacitação técnica, bem como em modernização”.

Última modificação em Quarta, 21 Junho 2017 12:19