09 de Junho, 2020

Covid-19: Gerenciamento de resíduos sólidos urbanos

Artigo reflete as diferenças normativas para a gestão de resíduos, considerando o atual cenário de pandemia. 

Não há dúvidas que as atividades dos seres humanos geram impactos sobre o meio ambiente. Estas atividades utilizam recursos naturais, os quais são consumidos pela sociedade em velocidade superior à respectiva capacidade de renovação dos mesmos. Os processos que utilizam estes recursos produzem efluentes líquidos, sólidos e gasosos que sobrecarregam os ecossistemas. Toda a cadeia mencionada tem como consequências o aquecimento global, poluição, destruição da camada de ozônio, perda da cobertura vegetal, assim como extinção de espécies mais vulneráveis, comprometendo a sustentabilidade do Planeta para as futuras gerações.

Assim, o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos pela sociedade assume importância fundamental, dado que no contexto mundial a relação entre o crescimento populacional, industrialização e a consequente geração de resíduos (poluição) é motivo de estudos e discussões sobre as relações de interdependência entre estas variáveis e as possíveis medidas para mitigar as consequências de nossa sociedade sobre o meio ambiente.

Diante desta problemática, no Brasil o poder público tem trabalhado em prol de iniciativas que visam eliminar a disposição final de RSU em aterros controlados e lixões, além de propor instrumentos que visem diminuir o volume de resíduos dispostos em aterros sanitários, tais como a coleta seletiva e a compostagem. Desta forma, entende-se que a destinação e a disposição final adequadas trarão não apenas benefícios ambientais, mas também benefícios econômicos. A aplicação de tecnologias de separação mecânica, tratamento biológico e tratamento térmico têm se tornado alternativas interessantes, pois atendem a questões referentes às metas de recuperação dos resíduos e tem menor impacto social e ambiental. Além do potencial de recuperação de energia por meio do tratamento térmico, o material reciclável que retorna para a indústria, por meio de plantas de separação empregadas na Europa, Estados Unidos e recentemente no Brasil tem aproveitado parte do material que seria rejeito, porém atendendo certos padrões de qualidade para utilização como combustível em termoelétricas e fornos de cimento.

Diante deste contexto, o presente artigo tem como objetivo diagnosticar as ações propostas para gestão dos resíduos sólidos urbanos durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19 ou SARS-CoV-2) por diferentes municípios, promovendo uma reflexão sobre como esta gestão se dará após o retorno das atividades presenciais e aglomerativas no Brasil.

Para acessar ao texto na íntegra, clique aqui.

Fonte:

Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Autores:

Giulliana Mondelli - Docente, Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do ABC, Santo André-SP

Ednei Rodrigues Silva - Engenheiro Civil, MSc., Ecourbis Ambiental, São Paulo-SP,

Cássia Gonçalves de Souza - Tecnóloga em Gestão Ambiental, Prefeitura Universitária, Universidade Federal do ABC, Santo André-SP

Última modificação em Terça, 09 Junho 2020 11:02
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