Alternativas de fontes de energia para o saneamento básico foi o tema discutido na mesa–redonda 9 realizada durante o 48º Congresso Nacional da Assemae. O debate ocorreu na terça-feira, em Fortaleza (CE), sob a coordenação do presidente da Assemae Regional Nordeste II e diretor do SAAE de Campo Maior, João Francisco Lima Neto.
A mesa contou com a participação do engenheiro eletriscista e consultor na área de saneamento básico, Paulo Takeyama, além do consultor ambiental, Waldo Villani Júnior.
Paulo Takeyama, apresentou algumas medidas para garantir a sustentabilidade energética, como combater as perdas d’água e de produtos químicos, melhorar a qualificação do pessoal de operação, investir pesado no combate ao uso inadequado da energia elétrica, e considerar, efetivamente, a possibilidade de produzir energia elétrica para consumo próprio.
O consultor ambiental Waldo Vilanni citou o exemplo alemão, que se destaca pela eficiência energética. ”O mundo possui uma matriz energética composta, principalmente, por fontes renováveis como carvão, petróleo e gás natural. A Alemanha produz 55 % do total em energia renovável. No Brasil, a matriz energética é muito diferente da mundial”., afirmou. Foi apresentado um um comparativo entre o Brasil e a Alemanha quanto ao número de ETEs existentes: o primeiro não chega a 2 mil ETEs, quanto ao segundo, chega a 6.800 ETEs avançadas quanto à tecnologia.
O consultor apresentou também a experiência do Semae de São José do Rio Preto, com projetos atuais conduzidos na Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. Destaca-se o de co-geração de energia elétrica, partindo-se do biogás e do lodo desaguado (torta).