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04 de Junho, 2024

Mesa redonda faz comparação dos modelos de tratamentos de esgoto sanitário

Mesa redonda faz comparação dos modelos de tratamentos de esgoto sanitário

Todos os convidados apontaram diretrizes fundamentais para estações de tratamento de esgoto

 “Modelos e experiências práticas no tratamento de esgoto sanitário” foi a mesa que encerrou a programação de quarta-feira, 22/05, reunindo diversas cidades de estados diferentes do Brasil no 52º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae, no Taiwan Centro de Eventos em Ribeirão Preto/SP.

A organização reuniu para apresentação dos modelos, Luiz Pannuti Carra, - diretor presidente da Companhia de Saneamento de Jundiaí; Marcio Luciano Barbosa, gerente de operação de esgoto Sanasa, Amanda Carvalhaes Valim, engenheira do DMAE Poços de Caldas (MG), LaersonAndia Júnior, diretor superintendente do DAE de Santa Barbara D´Oeste; Reginaldo Schiavi, diretor de operações do Serviço Autônomo de Água Esgoto de Sorocaba e Gilson Merli, diretor de operações da GS.

Durante as apresentações, todos os convidados apontaram diretrizes fundamentais para estações de tratamento de esgoto: qualidade do tratamento – para recuperação dos corpos hídricos; sustentabilidade – sistemas de baixo impacto ambiental; inovações tecnológicas – investir em novas tecnologias que reduzam custos e consumos e que também aumentem a eficiência do tratamento; e educação ambiental – promover envolvimento e conscientização da sociedade.

Reginaldo Schiavi apontou o Programa de Despoluição do Rio Sorocaba tem sido determinante na melhoria contínua da qualidade de vida da população. A Estação de Tratamento de Esgoto Sorocaba 1 (ETE-S1) foi ampliada em 2021. O volume de tratamento nessa unidade passou de 1.000 litros por segundo para 1.300 l/s, com melhora na eficiência do tratamento, de 81% para mais de 90%.

Em relação ao abastecimento público, não menos importante é a ETA Vitória Régia, que entrou em operação também em 2021, captando água diretamente do Rio Sorocaba e garantindo o fornecimento de água com excelente qualidade à população. O tratamento é feito à base de ozônio, por meio de tecnologia inovadora e pioneira na América Latina.

“A captação de água no Rio Sorocaba, para tratamento e distribuição, é possível graças à conclusão de um conjunto de obras e investimentos executados, como parte do Programa de Despoluição do Rio Sorocaba, cujo as ações consistem em coletar, afastar, bombear e tratar o esgoto produzido na cidade”, Aponta Schiavi.

Compostagem 100% do lodo

Em Jundiaí, Luiz Pannuti Carra, diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Município, relatou que o esgoto industrial representava 70% da carga da cidade.  A capacidade de tratamento em carga orgânica de 90 toneladas de DBO por dia (equivalente da 1,67 milhão de habitantes – quatro vezes mais que o total de habitantes do município – 420 mil moradores.

Segundo ele, o principal componente do sistema de aeração são as lagoas com difusores flutuantes de membrana. “Trata-se de um sistema robusto que não emite aerossóis. Foi a primeira ETE no Brasil a usar ar difuso em lagoas, com difusores flutuantes de membrana”, relata.

Pannutti explicou ainda que o lodo proveniente de estação de tratamento de esgoto é utilizado 100% para compostagem. “Nossa produção diária é de 150 toneladas de torta de lodo. Ele perde a natureza de resíduo e se transforma em um produto de uso seguro”, completou.

 

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Última modificação em Terça, 04 Junho 2024 05:01