Representando os serviços municipais de saneamento capixabas, a Assemae Regional do Espírito Santo participou de reunião na cidade de São Mateus (ES) para debater as estratégias sanitárias de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. O encontro ocorreu no dia 30 de agosto, com a presença do vice-presidente da Assemae ES, Alencar Gusmão, além de gestores públicos e técnicos das áreas de limpeza urbana, abastecimento de água, esgotamento sanitário, meio ambiente e saúde.
A reunião foi uma iniciativa das Secretarias de Estado da Saúde (Sesa) e de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) do Espírito Santo, tendo como principal objetivo debater a situação de escassez hídrica e apresentar soluções de controle e prevenção ao mosquito, que é responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e do zika vírus. Especialistas afirmam que a proliferação dessas doenças acontece principalmente em áreas que carecem do acesso a sistemas adequados de saneamento básico e manejo adequado dos resíduos sólidos.
Segundo Alencar Gusmão, o Espirito Santo passa por uma severa crise hídrica e pela proliferação do mosquito Aedes, bem como do pernilongo comum, que também pode provocar a dengue e a zika, conforme atestado em pesquisas recentes. No período de seca, as pessoas têm o hábito de armazenar a água para consumo, muitas vezes de forma inadequada. “É necessário realizar campanhas eficazes e urgentes no combate aos mosquitos, pois eles têm a capacidade de procriação tanto em água limpa, quanto em água suja. Com a chegada das chuvas nos próximos dias, a situação pode se agravar devido à criação de novos focos para o mosquito”, ressaltou Gusmão.
Alencar destacou, ainda, que é preciso envolver a toda a sociedade civil, sobretudo, em ações de educação ambiental nas escolas, buscando a conscientização e mudança de hábitos. “Diante desse quadro, a Assemae desempenha um papel muito importante para auxiliar os municípios no planejamento estratégico de combate aos mosquitos, envolvendo as áreas de saúde, educação, e claro, os serviços de saneamento básico”, comentou o presidente regional.
Os mosquitos apresentam alta capacidade de responder às transformações impostas pelo meio ambiente, o que requer a adoção de medidas de controle cada vez mais integradas, focadas no saneamento e na participação da comunidade. A principal estratégia de combate é não oferecer os criadouros para as lavras, evitando o nascimento do Aedes. Em alguns casos, o Ministério da Saúde recomenda o uso de larvicidas nos depósitos de água armazenada, todos avaliados e aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A reunião teve a participação dos seguintes municípios: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Conceição da Barra, Ecoporanga, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Nova Venécia, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, São Mateus, Vila Pavão.