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02 de Outubro, 2017

Atlas de Esgotos destaca saneamento de Uberaba

Documento publicado pela Agência Nacional das Águas faz análise de todos os municípios brasileiros 

27 por cento dos brasileiros não tem acesso à coleta e tratamento de esgoto e dentre aqueles que têm o esgoto coletado, 18 por cento não têm serviço de tratamento. Além disso, apenas 14 por cento das cidades brasileiras retiram pelo menos 60 por cento de matéria orgânica da água, o mínimo exigido pelos órgãos ambientais. Em Uberaba, o índice tratamento hoje chega aos 72 por cento e ainda este ano, o número ultrapassará os 93 por cento, com o início da operação de terceira estação, a ETE Conquistinha. 

Os dados foram divulgados pela Agência Nacional das Águas (ANA), em parceria com o Ministério das Cidades, que acaba de publicar o ‘Atlas Esgotos: despoluição de Bacias Hidrográficas’. O documento analisa a situação do esgotamento sanitário, no que tange a coleta e tratamento, nas 5.570 cidades brasileiras, bem como os impactos desses efluentes lançados nos corpos hídricos em todo o País. 
Conforme o estudo, o Brasil produz cerca de 9,1 mil toneladas de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) por dia, parcela orgânica dos efluentes vindos do esgoto doméstico. 

A DBO é um dos mecanismos usados para medir a poluição das águas e a qualidade do tratamento de esgoto. De acordo com o Atlas, durante o tratamento, 60 por cento de DBO precisam ser removidos. Entretanto, na maioria das cidades brasileiras (4.801) os níveis de remoção da carga orgânica são inferiores a 60 por cento da quantidade gerada. 

Em Uberaba, os índices seguem caminho contrário à realidade brasileira. A eficiência da ETE Rio Uberaba hoje chega a 95 por cento, sendo 2 por cento a mais do que em 2013, quando a ANA reuniu os dados para formatar o Atlas Esgotos. E na ETE Filomena o índice é de 85 por cento. E para a ETE Conquistinha a projeção é de redução da carga poluidora dos esgotos em 90 por cento. 

O Atlas Esgotos indica que apenas 31 dos 100 municípios mais populosos conseguem remover carga orgânica (a parte considerada poluidora do esgoto) acima de 60 por cento. Em relação às unidades da Federação, apenas o Distrito Federal remove mais de 60 por cento. 

Sérgio Rodrigues Ayrimoraes Soares, Superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, que participou da editoração do Atlas, elogiou os patamares alcançados pelo município. ‘Uberaba tem índices excelentes de saneamento, principalmente com relação ao esgotamento sanitário, da coleta e do tratamento de esgotos, em comparação ao resto do país. A cidade está entre as principais do país neste serviço’. 

Wagner Martins da Cunha Vilella, coordenador de Planos de Recursos Hídricos da ANA, destacou os números do Codau no Atlas. ‘Uberaba está se transformando em referência, no que tange a qualidade e a quantidade de água. Em nossas análises vimos que a tendência da maioria das bacias é de piora e aumento de conflitos, mas no município percebemos o contrário. Não é comum uma cidade do tamanho de Uberaba ter um nível tão bom de tratamento como ela vem alcançando’. 

O presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, afirma que o histórico do saneamento em Uberaba evidencia que as ações de coleta e tratamento de esgotos estão dentro dos objetivos propostos pela administração municipal, que traçou metas para deixar a infraestrutura no componente do esgotamento nos patamares ideais. ‘Estamos oferecendo mais qualidade de vida para a população e preservando nossos recursos hídricos. Já estamos quase no topo, enquanto que milhares de cidades brasileiras ainda estão apenas no campo dos projetos. Esta situação gera orgulho para a cidade.’ 

O documento Atlas dos Esgotos da Agência Nacional das Águas além de fazer a análise do cenário atual, também apresenta soluções para o horizonte de 2035, com foco na proteção dos recursos hídricos, no seu uso sustentável e na racionalização dos investimentos. De acordo com o Atlas Esgotos, a universalização do esgotamento sanitário na área urbana no Brasil necessitaria de R$ 150 bilhões em investimento. 

Serviço: 

Apenas 39% da carga orgânica gerada diariamente no País (9,1 mil t) é removida pelas 2.768 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) existentes no Brasil, antes dos efluentes serem lançados nos corpos d´água. 

Dados compilados no Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas referem-se ao ano de 2013. 

 

Fonte: Codau 

Última modificação em Segunda, 02 Outubro 2017 15:33
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