O Serviço Autônomo de Saneamento Básico de Itabirito segue investindo cada vez mais na melhoria do tratamento do esgoto sanitário municipal. A autarquia fechou uma parceria com a empresa Wetlands, formado por acadêmicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para tratar todo o lodo gerado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Isso vai significar 10 toneladas a menos por mês de resíduos a serem enviados para o aterro sanitário.
A chefe da ETE do SAAE, Heloísa França, explicou que, além dos benefícios para o meio ambiente, o sistema está sendo desenvolvido sem custo algum para a autarquia, responsável apenas por ceder a mão de obra para a sua construção, e que o projeto é um piloto para que o Saae possa futuramente investir nesta tecnologia para tratamento de efluente doméstico, por exemplo nos distritos de Itabirito.
“Somos um serviço público pioneiro no país com a implantação desse modelo de tratamento de resíduos que é simples, que é eficaz e de baixo impacto”, contou Heloísa. Ela também acrescentou que o sistema Wetland do SAAE deve estar em pleno funcionamento na primeira quinzena de dezembro.
O Wetland consiste na abertura de valas cobertas por sistema de impermeabilização, que possui plantas na superfície, cujas raízes recebem o lodo do sistema de tratamento de esgotosapós o seu tratamento. Esse material vai ser degradado pelas raízes das plantas e utilizado em forma de nutrientes. Outra grande vantagem é a questão estética, pois é possível montar um belo jardim na superfície do solo com o sistema de tratamento atuando embaixo do solo.
Trata-se de alternativa interessante para tratamento de esgoto pelo seu baixo custo de instalação e operação e por ser mais “sustentável” tendo em vista que não utiliza produtos químicos e a biomassa gerada pelas plantas após longos períodos de operação pode ser reutilizada como adubo e ração animal, entre outras vantagens.
Fonte: SAAE Itabirito