Nos últimos dias, mesmo após um período de fortes chuvas, diversos órgãos, como a Agência Nacional de Águas (ANA), a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM (IGAM), divulgaram que dificilmente a lama de rejeitos da barragem de Brumadinho (MG) chegará ao rio São Francisco. Porém, mesmo com este cenário favorável, o SAAE-Pirapora (MG) continua monitorando e realizando coletas no rio.
Com o rompimento da barragem, a qualidade da água do rio São Francisco passou a ser uma grande preocupação para a população piraporense. Já que o rio Paraopeba, impactado pela tragédia, é um dos afluentes do Velho Chico, e sua foz fica na represa de Três Marias (MG).
Na semana passada, colaboradores do SAAE realizaram coletas em diversos pontos. Foram duas no próprio rio, outras duas nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) e uma na cidade – na rede de distribuição. “O SAAE como responsável pelo tratamento e abastecimento de água, tem que fazer coletas e análises de diversos parâmetros, para garantir a qualidade da água distribuída à população. Seguindo, integralmente, o anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, do Ministério da Saúde, que estabelece os padrões para controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano”, explicou o biólogo da autarquia, Patrick Valim.
Segundo Valim, os resultados serão divulgados em breve, pois algumas dessas análises o SAAE tem condições de realizar no Laboratório de Controle de Qualidade da Água e Esgoto da própria autarquia. Porém, outras são encaminhadas para um laboratório contratado. “Desde que ocorreu a tragédia estamos monitorando o rio. Nossa vigilância triplicou. E mesmo sabendo que é improvável a chegada dos rejeitos, estamos preparados para minimizar os efeitos negativos de uma possível contaminação no rio São Francisco”, ressaltou o biólogo.
Fonte: SAAE Pirapora