Associe-se

A Assemae representa os prestadores municipais de saneamento básico. Preencha sua ficha de adesão aqui. 
Saiba como se associar
10 de Mai, 2022

Painel debate soluções para tratamento descentralizado de esgoto sanitário

Tendências e Debates 1 - Instrumentos de Governança aplicáveis para tratamento descentralizado de esgotamento sanitário Tendências e Debates 1 - Instrumentos de Governança aplicáveis para tratamento descentralizado de esgotamento sanitário Foto: Carol Negreiro

Snis aponta que nos pequenos municípios o desafio da universalização é maior.

Os instrumentos de governança aplicáveis para tratamento descentralizado de esgotamento sanitário com foco no estado de Santa Catarina foram apresentados no painel Tendências e Debates, na manhã desta segunda-feira (10), durante o 50º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae.

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), indicam que, no Brasil, 57% dos municípios possuem populações inferiores a 15 mil habitantes e é justamente nos municípios pequenos onde está o maior desafio para a universalização do saneamento básico, segundo o Diretor da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento de Santa Catarina (ARIS – SC), Adir Faccio, mediador do debate.  “No Brasil, 45% da população não tem acesso coletivo de coleta e tratamento de esgoto doméstico e em Santa Catarina o índice atinge 74,7% da população”, alertou Faccio. Ele observou ainda que a maioria dos municípios catarinenses possuem população inferior aos 15 mil habitantes (68%), o que exige formas de baixo custo para tratamento de esgoto.

Os palestrantes Pablo Heleno Sezerino, diretor do Centro de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Eduardo Bello Rodrigues, professor de engenharia sanitária da UDESC/ Lages e Marco Antônio Almeida Souza, professor do departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Faculdade de Tecnologia da UNB (DF), foram unânimes quanto a necessidade de propor aos municípios modelos que caibam na realidade de cada um. “Haverá cidades que nunca vão ter sistema de esgoto porque não é economicamente viável, essa é a realidade”, alertou o professor Sezerino. “Temos um propósito comum que é pensar em um sistema de esgotamento sanitário adequado para cada situação”, completou.

Para o professor Marco Antônio Almeida Souza os grandes problemas comuns para a operação do sistema descentralizado de esgotos é a fiscalização de projetos que atendam as normas da ABNT e a gestão dos lodos produzidos, que são tão prejudiciais para a saúde quanto a falta de saneamento. “O tratamento dos lodos pode ser feito na Estação de Tratamento (ETE) ou em Estações de Recepção e Tratamento Individuais, mas é preciso fazer uma análise das condições sanitárias de cada caso”, explicou.

“Não adianta pensar em soluções sem o envolvimento dos agentes principais. Em municípios de pequeno porte é interessante fazer um diagnóstico in loco para mapear a realidade de cada residência para tomar as melhores decisões”, defendeu o professor Eduardo Bello Rodrigues.  “A ideia não é colocar um sistema concorrendo com o outro e sim trabalhar de forma que eles se complementem. Precisamos sair da inércia e construir novas estratégias”, complementou.

Créditos

Texto: Kátia Ferreira

Foto: Carol Negreiro

Última modificação em Terça, 17 Mai 2022 11:10
Mais nesta categoria:
ASSEMAE © 2024 | Todos os direitos reservados Desenvolvido por Trídia Criação