Desde 2007, Caxias do Sul observa uma expansão acelerada no número de empreendimentos e residências que passaram da área rural para a área urbana do município. 

Esse fato ocorreu devido ao crescimento populacional e territorial, onde locais que eram considerados interior passaram a integrar as zonas mais próximas ao centro da cidade. 

Isso gerou uma necessidade de ampliação das redes coletoras de esgoto e da elaboração de novos projetos de sistemas de tratamento por parte do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) para a população caxiense.

O Samae é responsável pelo destino correto do esgoto vindo das casas das pessoas. Quando eliminados dos vasos sanitários e ralos, os resíduos passam por um longo caminho até chegarem às estações de tratamento. 

Eles percorrem os encanamentos internos das residências, em seguida passam pela rede de esgoto pública (composta por encanamentos maiores), até chegarem a uma estação de tratamento de esgoto. 

Nesse local, o resíduo é tratado passando por várias etapas até que esteja pronto para retornar ao meio ambiente sem prejuízo para a natureza e os seres humanos.

“Estudamos e mapeamos 41 bacias de esgotamento (regiões onde a gravidade leva o esgoto até a estação de tratamento) ao longo dos últimos anos. 

Porém, com a ampliação da área urbana, surgiu a necessidade de estudos e projetos para novas bacias, que já estamos realizando”, informa o engenheiro da Divisão de Planejamento Integrado do Samae, André Krumenauer Silva. 

No momento, estão em estudo a implantação de dois novos sistemas de esgotamento sanitário (redes coletoras e estação de tratamento) que atenderão microrregiões da cidade, como os sistemas Interlagos e Espelho. Também está em fase de projeto a implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Reolon.

Hoje o Município é regido pelo Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (PDES), criado através da Lei Complementar nº 189, de dezembro de 2002. Elaborado a partir de estudos técnicos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-UFRGS), o Plano define as diretrizes dos projetos e obras a curto, médio e longo prazo.

Para o engenheiro civil do Samae, Gerson Panarotto, mesmo com aprovação em 2002, o PDES segue sendo de fundamental importância e representou um grande marco para o saneamento básico de Caxias do Sul. “Foi uma evolução para a realização dos projetos de grande porte, pois, a partir daí, o Município deu um salto na coleta e tratamento de esgoto. Caxias foi pioneira na Serra Gaúcha nesse sentido e até hoje serve de exemplo para as cidades do entorno”, exalta Panarotto.

Após a aprovação do PDES em 2002, foram delimitadas as 41 bacias de esgotamento da cidade. Depois iniciaram as obras de implantação de rede separadora absoluta (sistema que separa o esgoto da chuva do sanitário, como ralos e pias) em diversos locais da cidade. Caxias é referência porque também foram iniciados os projetos para a construção e ampliação de várias Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs): Serrano (em estudo para desativação), Ana Rech, Canyon, Tega, Vitória, Samuara, Pena Branca, Pinhal e Belo.

 A maioria das obras foram realizadas por conta dos estudos realizados para o PDES, mas as mais recentes já foram estabelecidas devido ao crescimento populacional e territorial de Caxias do Sul.

Conheça o Samae

Criado em 1966, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto é uma autarquia, ou seja, entidade pública, criada por lei específica, que possui autonomia, personalidade jurídica e patrimônios próprios em relação à administração pública direta. 

Há 51 anos, é responsável por manter e proteger os recursos hídricos de Caxias do Sul.

Ao longo de nossa história, ganhamos diversos prêmios, de reconhecimento dos esforços para melhorar a qualidade de vida da nossa cidade. Ainda mais importante que os prêmios, é poder contar com a sua colaboração para continuar prestando um serviço de qualidade para toda Caxias do Sul.

Samae, patrimônio da nossa Cidade!

Fonte: Samae Caxias do Sul