Nesta semana, a Assemae apresenta como destaque a experiência bem sucedida do saneamento em São Leopoldo (RS). Com as ações do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), o município gaúcho reduziu suas perdas de água em 43%, investiu R$ 16 milhões de recursos próprios na substituição de redes, além de ter ampliado o tratamento de esgoto com a inauguração da ETA Vicentina. Confira a experiência de São Leopoldo:
Semae São Leopoldo avança em obras, tecnologia e investimentos
Criado em 30 de dezembro de 1971, o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo (RS) atua no município com o tratamento e o abastecimento de água e a coleta e o tratamento de esgotos. A autarquia também é responsável pelas cinco casas de bombas que integram o sistema de macrodrenagem da cidade, que tem população estimada pelo IBGE (2019) em 236.835 habitantO Semae atende 88.624 economias. Destas, 8.486 contam com a Tarifa Social, retomada via Decreto há três anos para garantir que as famílias mais carentes também tenham condição de pagar por suas faturas.
Desde 2017 também estão sendo aplicados recursos para combater perdas, garantir o abastecimento e elevar o índice de tratamento de esgotos. As metas foram definidas no planejamento estratégico (2017-2020) e têm sido atingidas depois que o equilíbrio econômico-financeiro foi alcançado.
O Programa de Eficiência Hidroenergética Semae Sustentável é uma das ações implantadas neste período. Com ele, o Semae reduziu suas perdas de água em 43% e tornou-se alvo de um investimento de R$ 1,2 milhão do Programa de Eficiência Energética da RGE, concessionária de energia. O recurso foi empregado em melhorias na Elevatória de Água Bruta (EAB) e na Estação de Recalque de Esgoto do Bairro São Miguel. Lançado em outubro de 2017, o Semae Sustentável gerou economia de R$ 2,3 milhões em repavimentação somente em seu primeiro ciclo. Entre as medidas adotadas estão a criação de 13 Distritos de Medição e Controle (DMCs), com a instalação de 27 Válvulas Reguladoras de Pressão (VRPs).
O Semae também reforçou seu sistema de captação de água do Rio dos Sinos, inaugurando em 2017 um novo parque de motobombas anfíbias. Agora, a autarquia conta com cinco delas operando com capacidade total de até 1.500 litros/segundo. E como o abastecimento também precisa ser pensado para o futuro, em outubro de 2019 o Semae deu início ao seu Programa de Substituição de Redes. Nele devem ser investidos R$ 16 milhões de recursos próprios. O projeto contempla a troca de redes de cimento amianto e de ferro fundido da área central do município. Os canos quase centenários agora dão vez ao polietileno de alta densidade (PEAD). Cerca de 75 mil metros de rede devem abranger um total de cem quadras. Destas, 34 já foram concluídas com aplicação de R$ 4,7 milhões. As demais devem ficar prontas até 2022.
Em construção, o Complexo de Reservação do Distrito Industrial tem investimento de R$ 2,3 milhões e irá beneficiar quase 30 mil moradores dos Bairros Scharlau, Campina e Distrito Industrial / Arroio da Manteiga. Também serão favorecidos os usuários da Brás, Santos Dumont, Padre Orestes, Bom Fim, Rio dos Sinos, Brasília, Elza, Progresso, Glória, Viaduto, União, Parque Itapema, Parque Panorama, Jardim Fênix e Berger. O conjunto inclui um reservatório apoiado com capacidade para 1.000m³, um reservatório elevado com capacidade para 500m³ e uma elevatória para alimentar o reservatório elevado.
Outros R$ 4,6 milhões estão sendo empenhados nas obras de saneamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) São Miguel, iniciadas em abril deste ano. O projeto prevê a construção de um reservatório de água elevado com capacidade de armazenamento de 1.000m³ e espera para a ampliação de outro reservatório de 1.000m³, que deverá ser construído na segunda fase. Ainda será construída uma nova rede adutora em polietileno de alta densidade (PEAD) com diâmetro nominal de 400mm e extensão de 978 metros para alimentação do reservatório. Redes secundárias com 200mm de diâmetro nominal também serão implantadas no bairro para melhoria da distribuição. No que tange ao esgotamento sanitário, o PAC São Miguel contempla a instalação de uma rede coletora de 1.490 metros lineares e a execução de 120 novas ligações residenciais de esgoto. O conjunto, que criará o maior reservatório de água do município, deve ser concluído em 2021.
O tratamento de esgoto, inclusive, foi ampliado a partir de 2018, com a inauguração na nova Estação de Tratamento de Esgotos Vicentina. Com investimento de R$ 12 milhões, a ETE conta com tratamento primário, secundário e terciário (tanques tipo Bardenpho). Além disso, o lodo gerado no processo de tratamento passa por um processo de centrifugação antes de ser destinado, de forma adequada, ao aterro sanitário.
A Estação de Tratamento de Esgotos Feitoria também passou por reformas recentemente e trata aproximadamente 4,3 mil m³ diariamente. Conta com tratamento preliminar, secundário e terciário (banhado construído).
O sistema de esgotamento sanitário ainda inclui a ETE Distrito Industrial, a ETE Tancredo Neves e a ETE Tarcílio Nunes. Para garantir que os esgotos cheguem até as ETEs, o Semae conta com 19 Elevatórias de Esgoto Bruto (EEB), distribuídas por toda a cidade. Nelas ocorre uma etapa importante do tratamento preliminar dos esgotos: a remoção de sólidos grosseiros, feita a partir de um sistema de gradeamento ou de cestos de retenção.
A fim de ampliar a taxa de tratamento de esgotos na cidade e garantir a saúde da população, em 2019, a autarquia lançou o projeto Conectado à rede, Conectado à saúde, beneficiando seis mil pessoas da região nordeste do município com ligações intradomiciliares de esgoto. O investimento é de R$ 1,2 milhão.
A geografia de São Leopoldo exige que o sistema de macrodrenagem também funcione plenamente. Por isso, as cinco casas de bombas que atendem à comunidade receberam atenção especial desde 2017. O conjunto, que se encontrava sucateado, foi recuperado. Assumindo uma responsabilidade que antes era do governo federal, o Semae substituiu 34 comportas e investiu em novos transformadores de energia elétrica para viabilizar a operação de todas as bombas simultaneamente.
Uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) colocou em execução a criação do primeiro Plano Municipal de Drenagem Urbana. O convênio teve início em 2019 e deve ser concluído em 2021. Uma equipe multidisciplinar, formada por alunos da UFRGS, do Semae e da Prefeitura, deve entregar a São Leopoldo um documento orientador e seguro para o desenvolvimento de projetos futuros.
Para saber mais, acesse o novo site do Semae (www.semae.rs.gov.br), lançado em março deste ano junto com o aplicativo Semae Digital. Encontre a autarquia também nas redes sociais: Facebook (SemaeSL), Twitter (SemaeSL) e Instagram (semaesaoleo).
Fonte: Semae São Leopoldo