Visando melhorar a eficiência dos serviços municipais de saneamento básico e capacitar profissionais que atuam no setor, a Assemae Regional de Santa Catarina realizou nos dias 22 e 23 de agosto o curso de “Detecção de vazamentos não visíveis em redes de água pressurizada”. O evento reuniu 29 participantes, em Blumenau (SC), com aulas teóricas e práticas.
Segundo o presidente da Assemae Regional de Santa Catarina, Ademir Izidoro, a capacitação teve como objetivo auxiliar os municípios na gestão de perdas de água, incentivando o desenvolvimento técnico e financeiro dos serviços associados à entidade. “Um dos principais gargalos de nosso setor é a grande perda de água tratada que não chega a seu destino final. Por isso, oferecemos esse curso aos municípios catarinenses, buscando a melhoria da capacidade operacional nos serviços de saneamento e também a preservação dos recursos hídricos”, destaca.
A capacitação foi realizada em parceria com a empresa SANEAULT Consultoria e Treinamento, totalizando 16 horas de carga horária. O conteúdo programático abordou diversos temas, entre eles, as noções de hidráulica e sistema de abastecimento de água, perda real na rede de distribuição, tipos de tubulação, detecção de vazamentos, comportamento do profissional em campo, interpretação e registro de resultados, emissão de relatório técnico, e, ainda, segurança na execução do serviço.
Na parte prática, os alunos utilizaram os instrumentos apresentados durante o curso em atividades reais para controle de perdas. Cada participante recebeu apostila com o conteúdo das aulas e certificado de conclusão.
Fique por dentro
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o Brasil apresenta o índice de 36,7% de perdas de água nos sistemas de abastecimento. Isso significa que a cada ano são mais de seis bilhões de metros cúbicos de água desperdiçados, gerando impactos financeiros aos serviços de saneamento, além de uma série de danos ambientais.
A água tratada escorre pelas redes de idade avançada e pelas oscilações de pressão nos dutos. Falta de hidrômetros, falhas na medição e ligações clandestinas também elevam o prejuízo. O Brasil tem como meta atingir, em 2033, o índice de perdas de água de 31%, utilizando medidas estruturantes (obras) e estruturais (aperfeiçoamento da gestão).