Nesta semana, o presidente do Samae de São Bento do Sul (SC), Fridolino Van Den Boom, juntamente com o analista de saneamento, Marco Rodrigo Redlich, estiveram percorrendo toda a estrutura da autarquia para acompanhar o andamento dos trabalhos e também os projetos que visam ao futuro do saneamento no município.
Aterro Sanitário - No aterro sanitário foi verificada a atual situação da célula que recebe cerca de 1.200 toneladas de resíduos por mês. Atualmente, a célula encontra-se com 16 metros de preenchimento (resíduos e camadas de terra), e possui capacidade para mais 12 metros, porém, com área menor, uma vez que a célula terá a forma de pirâmide, e com isto a metragem quadrada da área superior é reduzida. Estima-se que a atual célula tem capacidade para 5 anos de uso até seu total preenchimento, e por este motivo, ações já estão sendo tomadas para planejar uma nova célula no próprio terreno do aterro sanitário.
Conforme comentou Fridolino, o Samae já possui o projeto para a nova célula e como esta será implantada no mesmo terreno, uma grande economia com infraestrutura será realizada. O Samae ainda estuda adquirir terrenos para no futuro ampliar o aterro sanitário e garantir a destinação dos resíduos sólidos por alguns anos no município.
Redução x vida útil - A vida útil da célula do aterro sanitário está diretamente relacionada com a quantidade de resíduos que é depositada naquele espaço. Fridolino comentou que cerca de 60% dos resíduos atualmente despejados no aterro poderiam ser reciclados, e que somente 40% de todos os resíduos realmente são resíduos para aquele local. Como há ideias para inserir o trabalho da cooperativa de catadores de lixo reciclável no aterro para trabalhar diretamente com os resíduos que chegam ao local, estima-se uma considerável redução no volume de resíduos depositados e consequentemente um aumento na vida útil da célula do aterro.
Ações imediatas - Uma ação imediata que contribuiria diretamente com o aumento da vida útil da atual célula no aterro sanitário é a participação direta da comunidade. Separar o lixo reciclável dos resíduos sólidos é a ação mais correta para este trabalho. Campanhas de conscientização serão realizadas, mas conforme comentou Marco Redlich, “necessitamos do apoio imediato da comunidade para mudarmos esse cenário”, disse.
Lixão - Há quem se recorde do antigo lixão. Uma área onde o lixo era depositado diariamente sem contar com a completa estrutura que o aterro sanitário necessita e possui em São Bento do Sul. Após muitos anos de trabalho, o antigo lixão conta com todas as adequações que proporcionam a proteção ao solo e ao meio ambiente, evitando poluição da água e lençóis freáticos. Hoje para quem vê o antigo lixão a paisagem é completamente outra: um belo jardim no terreno que abriga o aterro sanitário.
Esgoto Sanitário - Grandes investimentos serão realizados a partir deste ano também na rede coletora de esgoto do município. Um projeto de R$ 12 milhões já está com a licitação prestes a ser lançada pelo Samae. Este projeto abrangerá a implantação da rede de tratamento de esgoto nas Sub-Bacias 1 e 2 do rio São Bento, que compreende toda a área central do município.
Conforme comentou Fridolino, “este será um dos maiores desafios do Samae, pois trata-se da obra no trecho mais difícil de toda a rede coletora de esgoto do município, o Centro”, disse, “conforme previsto, as obras deverão iniciar no segundo semestre”, disse.
Captação de água - Atualmente o Samae capta a água que é tratada para todo o município de São Bento do Sul no rio Vermelho, que por sua vez está com volumes ótimos de água e não apresentou problemas que pudessem ameaçar o abastecimento nos últimos anos. Mas para garantir o abastecimento no futuro, o Samae já estuda a implantação de captação de água no bairro Fundão, que seria destinada ao abastecimento de uma parte do município.
“Estamos já pensando no futuro do abastecimento de água de São Bento do Sul, e esta segunda captação de água proporcionará uma ampla margem de abastecimento para o município”, disse Fridolino. O objetivo do Samae com a captação de água no Fundão é interligar as redes e, em caso de algum problema que possa reduzir o abastecimento do rio Vermelho, suprir com o abastecimento do Fundão, e vice-versa.
Fonte: Jornal Evolução