Uma das últimas atividades da 45ª Assembleia da Assemae, realizada na manhã de quinta-feira, 28 de maio, foi a apresentação da segunda experiência exitosa da programação, que destacou a “importância das ações de educação em saúde ambiental no contexto do saneamento básico e a experiência comunitária de Porto Alegre”. O debate aconteceu na sala 01 do Palace Casino, em Poços de Caldas.
A técnica em Assuntos Educacionais e chefe da Seção de Educação em Saúde Ambiental da FUNASA, Daniela Queiroz Carneiro, e a coordenadora da Assessoria de Relacionamento com a Comunidade do DMAE de Porto Alegre (RS), Patrícia Tompsen Bandel, foram as palestrantes convidadas para a discussão, que teve a coordenação da sócia individual da Assemae, Glenda Barbosa de Melo.
No primeiro momento, Daniela Queiroz ressaltou a importância das ações educativas em saúde ambiental e na área de saneamento básico. Já Patrícia Tompsen mostrou o trabalho social promovido pelo DMAE de Porto Alegre. “As atividades realizadas para conscientização da população acontecem de forma mais participativa, para as pessoas compreenderem a importância do saneamento, e como isso influencia na qualidade de vida de todos”, comentou Patrícia.
Na prática, as ações se dão por meio de palestras, oficinas de participação e preservação ambiental, além de visitas às residências, aos lagos e rios, às estações de tratamento de água, entre outras. Assim, é possível que a população conheça de perto cada um dos processos realizados em uma obra de saneamento básico. “O legal é que a própria comunidade fiscaliza e monitora as obras, e sentem que a responsabilidade de cuidar e manter aquilo também é deles”, completou a coordenadora do DMAE.
A palestrante Patrícia Tompsen também apresentou sua experiência na implantação de um projetos de responsabilidade socioambiental em áreas irregulares e o trabalho técnico social, destacando o Programa Consumo Responsável.
A iniciativa é um programa de responsabilidade social de abastecimento de água, criado em virtude da ocupação irregular do solo em Porto Alegre, onde ocorre o desperdício no uso da água, perdas e contaminação das redes. O programa atua em aglomerações urbanas irregulares e que apresentam grau variável de deficiência na sua infraestrutura e na prestação de serviços pelo setor público.
“O programa pode servir de exemplo a outras cidades com esses problemas. Não é porque estão em áreas irregulares que as pessoas não têm o direito ao acesso a água potável", comentou Glenda Barbosa, ao final das apresentações.