As ações realizadas pelo Samae de São Bento do Sul (SC), em especial a Usina de Processamento de Resíduos (UPR), são referências em todo o país. Prova disso é que, ao longo dos meses de maio e junho, diversas visitas estão agendadas para conhecer a estrutura do Samae e a UPR, que consiste em transformar o lixo recolhido nas casas dos são-bentenses em diferentes tipos de materiais plásticos, como tijolos, tubos, pavers entre outros. Este material pode ser utilizado em calçadas ou outras obras pelo município, inclusive pavimentação.
Conforme lembra o diretor-presidente da autarquia, Osvalcir Peters, nesta semana, o diretor-presidente do Samae de Jaraguá do Sul, acompanhado por técnicos da cidade, conheceram a estrutura da usina. “Também houve troca de experiências em ações realizadas pela autarquia são-bentense”, disse.
Além de Jaraguá, conheceram o projeto representantes dos municípios de Pontal do Paraná e Matinhos (PR), Alta Floresta (MT), Aracajú (SE) e das cidades Catu, Central, América Dourada, Inhambupe, Cafarnaum, Camaçari e Dom Basílio (todas da BA). Também estão agendadas para os próximos dias as visitas de representantes das cidades de Marituba (PA), Penha (SC), Petrópolis (RJ), Paragominas (PA), Garibaldi (RS), Pato Branco (PR) e Uruaçu (GO).
Segundo Peters, a usina está em fase de testes, aguardando a licença ambiental de operação. Todo o processo de transformação do lixo inicia pelo “rasga-saco”, que faz a separação do material recebido no local. Objetivo é retirar da esteira itens que não podem ser reciclados, como pilhas e baterias, por exemplo. A partir de então inicia todo o processo de trituração dos resíduos, que em seguida são enviados para moldes dos materiais e com alta temperatura, estes itens são processados e ganham forma.
Lixos úmidos e orgânicos terão outro destino. Eles vão ser enviados para biodigestores, onde serão transformados em biogás. O biogás vai movimentar um gerador de energia elétrica e a eletricidade será injetada na rede da Celesc, abatendo o valor da fatura a ser paga pelo Samae. “Um dos principais benefícios da nova usina é garantir sobrevida ao aterro sanitário localizado no bairro Rio Vermelho Povoado. Ao invés do lixo recolhido nas casas ser levado para o aterro, ele vai ser deixado na usina, onde ocorre todo o processamento do material e somente os resíduos então vão para o aterro”, comentou Peters.
Texto/Foto: Prefeitura de São Bento do Sul