Segurança hídrica e a importância das águas subterrâneas foram o destaque da sétima mesa-redonda no 48º Congresso Nacional da Assemae, na tarde desta terça–feira (29/05). O assistente técnico da Superintendência do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa/SP), Noberto Padovanni Pinto, conduziu o debate, que reuniu especialistas do setor público, de organizações não governamentais e universidades.
O presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), José Paulo Netto, ressaltou a importância de trazer o tema para o debate nacional. Segundo ele, a água subterrânea predomina 62,7 % a mais do que a água superficial. Além disso, 39% dos municípios brasileiros possuem água subterrânea. “A perfuração de poços beneficia o abastecimento de água no país e aumenta a segurança hídrica, gerando empregos diretos e indiretos”, acrescentou.
Em seguida, o professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Itabaraci Cavalcante, reforçou que “as pessoas só acreditam na água subterrânea quando é necessário utilizá-la. Se não tivéssemos esse recurso, já enfrentaríamos o êxodo rural e o abastecimento das cidades”.
O assessor da Diretoria de Hidrologia e Gestão da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Thales Cavalcante, destacou a necessidade de ampliar o conhecimento sobre o tema abordado na mesa. “É fundamental que este assunto desperte o interesse da população para assegurar a gestão integrada dos recursos hídricos, incluindo as águas subterrâneas”.
A programação do 48º Congresso segue até o dia 30 de maio, em Fortaleza, Ceará. O evento conta com uma ampla programação de atividades, como a realização de painéis, mesas-redondas, minicursos, apresentações de trabalhos técnicos, exposição de tecnologias, feira de saneamento básico, além do 2º Prêmio Startup Assemae.