Com a coordenação de Wemer Francis Rodrigues da Silva (Sanear/Rondonópolis-MT), a mesa-redonda “Educação Ambiental e Sustentabilidade” foi pauta de debate entre os municípios na tarde de quinta-feira (09), durante o 49º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae, em Cuiabá (MT).
Luanna Pollyana da Silva Duarte, analista técnica do Centro Sebrae de Sustentabilidade, foi a primeira a palestrar. Ela reportou o começo do pensamento sustentável na instituição, nos anos 1990. De lá pra cá, a instituição acabou tornando-se uma referência nacional em sustentabilidade.
Luanna elencou várias ações e estratégias que o Sebrae adotou e vem praticando, que conferiram à instituição uma espécie de âncora em nível de ações pensadas e praticadas ambientalmente, com conceitos ecológicos e compatíveis ao que se faz nos países desenvolvidos.
A arquitetura inspirada em estilo indígena, que valeu destacada premiação internacional, a utilização da energia solar, investimentos na formação ambiental aos colaboradores, galinhas de angola usadas como reguladoras naturais de pragas, criação de uma horta institucional e inúmeras outras ações, nominadas pela técnica do órgão, tornaram-no, ao mesmo tempo, uma inspiração e um exemplo de boas práticas sustentáveis.
A superintendente da Funasa no Amapá, Girlene Chucre, destacou que a questão do saneamento deve ser entendida como algo da competência de todos os brasileiros.
Girlene discorreu sobre o organograma da Funasa de seu estado, no qual, não casualmente, a palavra ambiental aparece várias vezes. Frisou que a sonhada universalização do saneamento, tão mencionada ao longo do Congresso, está irmanada com a saúde ambiental.
Vânia Montalvão, gestora de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente-MT, fechou a mesa-redonda. Ela começou identificando-se como mulher, mãe e profissional que atua na área ambiental.
Vânia fez uma breve exposição das ações da Secretaria onde atua, destacando o contexto mato-grossense e evocou os ensinamentos de Paulo Freire, frisando que educar é ato de amor e de coragem, onde não se deve temer o debate e a análise da realidade.
A educadora ambiental lembrou que nos últimos 50 anos, o ser humano modificou o meio ambiente mais rápido e extensivamente do que em qualquer outro período de tempo equivalente na história da humanidade. "Grande avanços e profundos desapontamentos", disse, e afirmou, categoricamente, que as pessoas não devem ficar eternamente esperando que o poder público faça algo.