Práticas de ESG e Inovação pautaram um dos debates realizados na manhã desta quarta-feira (11) no 50º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae. Durante o painel foram apresentados exemplos de melhores práticas ambientais, sociais e de governança na prestação dos serviços de saneamento básico
“Trabalhamos para além da universalização em 2033, prevista pelo Marco Regulatório. Nossa jornada com o planeta é muito mais desafiadora”, afirmou o membro do Comitê Nacional da Qualidade ABES – CNQA, Carlos Schauff. Em sua apresentação, Schauff explicou a importância dos vetores de ESG para a gestão do saneamento, que segundo ele tem um fator crítico que é a finitude dos recursos hídricos. “Se falarmos para o cliente gastar menos, vamos faturar menos, mas é exatamente isso que precisamos fazer. O consumo responsável deve ser incentivado se quisermos deixar um planeta melhor para as próximas gerações”.
Na Companhia Águas de Joinville o tema vem sendo amplamente discutido e pontua tópicos relevantes dos projetos estratégicos da companhia básica de saneamento. “O Brasil tem 100 milhões de pessoas sem esgoto e 40 milhões sem água tratada. Está na hora de começarmos a agir, inovar e fazer diferente para impulsionar o saneamento básico no país”.
Segue também nesse caminho a Companhia de Saneamento do Paraná (Senapar). Para o gerente de pesquisa e inovação da companhia, Gustavo Posseti, o tema já faz parte da rotina da empresa. Ele explicou que as iniciativas inovadoras da Sanepar buscam o aprimoramento de seus processos, se antecipando a demandas futuras. “Sem inovação não existe ESG, mas também é preciso agir diferente. Nada vai acontecer enquanto não houver uma mudança de postura”, defendeu.
Texto: Kátia Ferreira
Fotos: Carol Negreiro