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19 de Janeiro, 2016

Temporais prejudicam abastecimento de água no país

A Assemae orienta que a população utilize a água de forma racional, priorizando a alimentação e a higiene.

 

Nos primeiros dias de 2016, as fortes chuvas sobre as regiões Sul e Sudeste do Brasil já interromperam o abastecimento de água em diversos municípios brasileiros. O problema é provocado pela elevação do nível dos rios, que pode inundar o sistema de bombeamento dos serviços de saneamento básico e impedir o fornecimento de água potável. Em situações como esta, a Assemae orienta que a população utilize a água de forma racional, priorizando a alimentação e a higiene.

No Paraná, caminhões-pipa estão atendendo as situações emergenciais, como os hospitais, postos de saúde, creches e asilos. Pelo menos 13 municípios paranaenses tiveram o abastecimento de água interrompido em função das chuvas nas últimas semanas, entre eles, Maringá, Jataizinho, Ibiporã, Prado Ferreira e Andirá. A previsão é de que 800 mil pessoas tenham sido afetadas. Em Londrina, as estações de captação de água foram inundadas e a secura já prejudica o atendimento de saúde. Há 19 postos de saúde da cidade sem água, em um deles, 90 pacientes foram dispensados.

Os temporais também castigaram o estado de São Paulo. Em Bauru, as chuvas inundaram as bombas de captação do Departamento de Água e Esgoto (DAE) que ficam no rio Batalha e 40% dos moradores estão sem abastecimento de água. Na região de São José do Rio Preto, o Corpo de Bombeiros disse estar em estado de atenção por causa da chuva, que não para desde o fim de semana em cidades como Catanduva, Catiguá, Pindorama e São José do Rio Preto.

No município paulista de Jaboticabal, a força da água rompeu galerias de esgoto e invadiu a casa de máquinas da estação de captação, forçando a interrupção do serviço em 70% dos bairros da cidade. As equipes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal (SAAEJ) trabalham na drenagem da água com o objetivo de avaliar os prejuízos. A estação de tratamento também paralisou suas atividades e a prefeitura pediu para os moradores economizarem água.

Em Minas Gerais o primeiro município a decretar estado de emergência por ocasião das chuvas foi Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com os deslizamentos, várias famílias foram retiradas de suas casas para evitar danos maiores. O Sul de Minas foi a região do estado que mais sofreu as consequências do clima instável. Segundo a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil (Cedec), 21 cidades estavam em risco, a exemplo de Lambari, que teve as ruas inundadas por lama devido ao rompimento de uma represa.

A Superintendência de Água e Esgotos (SAE) de Ituiutaba (MG) divulgou, na manhã desta segunda-feira (18/01), uma nota informando que por causa das fortes chuvas registradas nos últimos dias, a unidade de captação que abastece a cidade foi prejudicada pelo significativo aumento da vazão do Ribeirão São Lourenço, o que acarretou um acúmulo de galhos, folhas e outros materiais na barragem. No município de Sacramento, desde o final do ano passado tem ocorrido a interrupção ou redução no abastecimento de água, em razão da alta turbidez provocada pelas enchentes.

Outro estado atingido pelas fortes chuvas é o Rio de Janeiro, onde o transbordamento de água deixou centenas de moradores desabrigados. Em Volta Redonda, o Rio Paraíba do Sul está com 2,91 metros acima do nível normal. Já no estado de Mato Grosso do Sul, mais de 67 mil pessoas tiveram que deixar as casas por causa das chuvas. Um dos municípios mais atingidos é Taquarussu, onde 200 famílias da zona rural estão isoladas porque as estradas ficaram intransitáveis. A Defesa Civil deve mandar cestas básicas e água potável para os moradores da cidade.

A influência do fenômeno meteorológico El Niño, que vem ocorrendo desde a primavera, é uma das razões apontadas pela força das chuvas neste ano. O verão deve ser marcado por inúmeros temporais devido à combinação de calor e chuvas em todo o país.

Última modificação em Terça, 19 Janeiro 2016 14:15
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