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02 de Março, 2016

Marechal Rondon chega a 17,5% de esgotamento

Estimativa do SAAE rondonense aponta possibilidade de que 90% das economias sejam contempladas em 8 anos.

Com investimento de aproximadamente R$ 6 milhões, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Marechal Cândido Rondon espera chegar, no fim de 2016, a quatro mil consumidores com ligações à rede de tratamento de esgoto – número que ultrapassa 20% das economias do município. À primeira vista, o número parece pequeno se levada em consideração os mais de 16 mil consumidores que esperam, há anos, se livrar das famigeradas fossas sépticas, necessárias para fazer a depuração de águas residuais domésticas. Contudo, conforme o Diretor Executivo da autarquia, Luiz Carlos Grillo Lirio, os projetos iniciados em 2014 já permitiram edificar 50% das estruturas necessárias para realizar as ligações de praticamente toda a cidade.

“O primeiro ponto que iniciamos as ligações foi na região da Delegacia de Polícia Civil (onde se encontra a cadeia pública), resolvendo um antigo problema de mau cheiro nas imediações e também evitando a contaminação da Sanga Borboleta, que fica nas proximidades”, destaca. Com a estrutura projetada para esta região da Avenida Rio Grande do Sul, a expansão da rede atendeu de imediato 30 residências à rede coletora e, posteriormente, o ramal possibilitou a ampliação da rede de esgoto na Bacia 2, incluindo parte do centro da cidade com a implantação de mais de 1,2 mil novas ligações, direcionadas principalmente aos condomínios residenciais do centro da cidade. “Nesta semana estamos finalizando as ligações na Rua Paraná, que atende outro ponto crítico da região central da cidade”, enfatiza Grillo.

Conforme a Central de Controle do SAAE, o índice de cobertura atual é de 17,5%, representando 3.067 ligações prediais de esgoto (LPE). Além de abranger os considerados “pontos críticos” da cidade, que normalmente estão localizados no centro do município, as ligações também já estão funcionando em novos loteamentos que, com base em lei municipal, só saem do papel com a LPE estabelecida para todas as residências. Segundo o SAAE, cerca de 90% dos moradores que recebem a correspondência informando sobre a disponibilidade da ligação predial de esgoto na sua região estabelecem o novo sistema, tendo em vista que é debitada na fatura do serviço a taxa de esgoto de 75% sobre o serviço de abastecimento de água. Entretanto, ainda há alguns casos de munícipes que não fazem a ligação de forma imediata. “Às vezes o morador precisa fazer algum investimento mais alto para adequação da casa, que pode estar em nível mais baixo e necessita de um sistema de bombeamento, por exemplo. Em todo caso, indicamos que o usuário busque um profissional para que ele verifique as necessidades de adaptação para o bom funcionamento do sistema, evitando possíveis entupimentos no encanamento da residência ou até mesmo no sistema do SAAE”, salienta Adriano Rogoginski, da seção de cadastro técnico da autarquia.

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA

De acordo com Grillo, a expansão da rede foi possibilitada em boa parte por parcerias público-privadas firmadas com empresários que, interessados em encontrar uma solução definitiva para o tratamento de esgoto, deram uma contrapartida para os investimentos em projetos e obras que, conforme o Diretor da autarquia, ultrapassam R$ 1,5 milhão anualmente. “Já possuímos cinco projetos que preveem a expansão das ligações para os demais prédios, que no nosso planejamento devem continuar para as ruas São Paulo e Rio de Janeiro. Esses investimentos, por consequência, acabam atingindo também residências e pontos comerciais localizados nestas regiões”, diz. A perspectiva é de que, se as parcerias público-privadas continuarem sendo estabelecidas, todos os prédios do centro do município sejam atendidos até o fim de 2016. Entretanto, Grillo revela que, neste momento, a dificuldade do SAAE está em executar as ligações nos edifícios Dom Pedro e Vale do Reno, os quais, apesar de já estarem com os projetos prontos, demandam de recursos em valor superior às demais regiões. “Nessa área é necessário que se faça uma elevatória grande, uma obra que vai demandar aproximadamente R$ 2 milhões em investimentos, mas que também já vai atender uma parte significativa da cidade. O projeto já foi para análise junto à Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e assim que o recurso for disponibilizado, entrará em andamento”, enaltece.

COBERTURA TOTAL EM OITO ANOS

Na visão do Diretor do Saae, o município tem condições de estabelecer em cerca de oito anos 90% das ligações de esgoto, mas tudo depende do envolvimento dos próximos dirigentes da autarquia. “No fim deste ano esperamos bater a meta de 25% das LPEs estabelecidas, mas isso em termos de ligações, porque nós já deixamos toda a estrutura de uma região maior pronta para a expansão. Estabelecemos todo o sistema de tratamento pelas lagoas, o emissário e criamos a lei da parceria público-privada que permitiu boa parte das obras, já estabelecemos 80 quilômetros de rede feitos para levar os resíduos até a lagoa, bem como os demais projetos que estão sendo elaborados para atender as outras bacias da cidade. Além disso, por lei, agora também nenhum loteamento sai sem a rede de esgoto pronta. Estamos deixando o projeto para tratamento de esgoto finalizado e praticamente 50% da estrutura para a cobertura de todo o município, o que já é meio caminho andado para a próxima gestão”, salienta Grillo.

“Tudo vai depender de quem assumir as próximas gestões e do que priorizará, porém, é importante enfatizar que esse projeto gera economia e uma solução definitiva para o tratamento de esgoto. É uma solução mais barata que os moradores fazerem seu próprio sistema de tratamento”, conclui.

Fonte: Saae Marechal Cândido Rondon

Última modificação em Quarta, 02 Março 2016 17:49
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