O Consórcio Intermunicipal de Saneamento do Paraná (Cispar) realizou no dia 31 de março, em Ibiporã (PR), a primeira reunião de trabalho para desenvolvimento de projeto piloto que prevê a elaboração de diagnóstico para redução de perdas de água e eficiência energética.

O diagnóstico será elaborado por meio de convênio de cooperação entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e 14 municípios integrantes Cispar. Já foram liberados R$ 300 mil para a realização dos estudos.

O engenheiro da superintendência estadual da Funasa, Darlei Scholz, e a engenheira civil do Cispar, Rebeca Silva Rocha, também participaram da reunião. Conforme disse Scholz, a intenção é que sejam viabilizados recursos para execução das melhorias propostas a partir dos diagnósticos, e que os trabalhos desenvolvidos nestes municípios sirvam de modelo para as autarquias em seus projetos de redução de perdas e eficiência energética.

"Sabendo onde estão as perdas, as autarquias poderão atuar de forma mais global, alocando recursos em função de prioridades. Com isso, aumenta-se a eficiência, reduz-se o custo de produção, e, consequentemente, dos serviços prestados, beneficiando toda a população", expôs o engenheiro.

Segundo Rebeca, os municípios participantes desta primeira etapa classificados em três grupos, conforme a faixa populacional: até 5 mil habitantes, de 5 a 20, e com mais de 20 mil habitantes. O objetivo é que todos os 45 municípios consorciados ao Cispar sejam beneficiados com o projeto. "No Brasil, cerca de 40% de toda a água tratada é perdida antes de chegar às casas e empresas em consequência de redes envelhecidas, vazamentos e ligações clandestinas. No Nordeste, a perda é ainda maior - chega a 70%. Esta situação é preocupante, principalmente no cenário atual de escassez hídrica", revelou a representante do Cispar.

"A nossa meta chegar a 25% ou menos de perdas. Não é porque não temos problema de falta de água que não devemos evitar o desperdício. A autarquia preocupa-se em atender cada vez melhor a população nos serviços de água, esgoto e recolhimento e destinação dos resíduos sólidos", comentou o diretor presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) de Ibiraporã, Claudio Buzeti.

O presidente da Assemae, Silvio José Marques, destaca a necessidade de desenvolver programas específicos para a redução de perdas de água nos municípios. “A redução de perdas é o caminho para desenvolver a excelência na gestão do saneamento básico, gerando maior sustentabilidade ao serviço de abastecimento, eficiência no atendimento à população, além da preservação ambiental”.