A Assemae compartilha, nesta segunda-feira (27/03), a entrevista do relator especial das Nações Unidas para o Direito Humano à Água e ao Esgotamento Sanitário, Léo Heller, sobre os avanços e retrocessos do saneamento básico no Brasil. Segundo o professor Heller, que também é associado da Assemae, a privatização não enxerga a relação do saneamento com a saúde, transformando o setor em um mero negócio econômico.
Na entrevista concedida ao Blog do CEE-Fiocruz, o relator da ONU critica, ainda, o movimento a favor da privatização lançado atualmente no país e destaca que o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) não aponta a iniciativa privada como solução para os problemas do setor.
Heller esclarece que as empresas privadas, muitas vezes, utilizam recursos públicos para investir no setor de saneamento. “Há vários estudos sobre privatizações no mundo que mostram que os recursos para expandir – e muitos não expandem – vêm dos bancos públicos, tipo BNDES, aqui no Brasil, recursos arrecadados da população por meio de taxas, ou por tarifas cobradas da população pela concessionária. Então, não tem dinheiro novo nessas experiências internacionais de privatização, ao contrário do que o governo tem dito, alegando que não tem capacidade de avançar e, por isso, vai buscar dinheiro na iniciativa privada”, revela.
Leia a entrevista completa neste link ou no arquivo anexo.