O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul trabalha diariamente para controlar e combater as perdas de água potável nas tubulações. Por meio das pesquisas de vazamentos e com o auxílio da tecnologia, o Samae consegue mapear diferentes tipos de perdas de água na cidade. Hoje, a estimativa é que 25% do volume de água tratada seja perdido no trajeto do manancial até a casa do consumidor.
Para esse trabalho, a autarquia conta com mais de 20 macromedidores instalados na cidade. Os equipamentos servem para verificar a vazão que passa pelas tubulações em tempo real e para calcular o volume de água bruta que as Estações de Tratamento de Água (ETA's) captam dos mananciais. Além disso, os macromedidores também medem a quantidade de água tratada fornecida à população, auxiliando no controle das perdas.
O Samae conta ainda com um sistema chamado de supervisório. Ele pode ser acessado nas ETA’s e transmite todas as informações dos macromedidores para os computadores e celulares dos funcionários da autarquia. Por esse sistema, as equipes conseguem localizar as regiões onde estão ocorrendo os vazamentos. O supervisório, gerenciado pelo setor de Eletromecânica do Samae, tornou-se uma ferramenta essencial para a identificação dos locais onde possam existir vazamentos de água.
Nos últimos 3 meses, foram realizadas 24 buscas de vazamentos não visíveis pelas equipes do Samae, em diversos bairros de Caxias do Sul. Isso originou o conserto de 30 vazamentos em rede, ramais e cavaletes. Esse trabalho da autarquia evitou um desperdício de aproximadamente 3 milhões de litros/dia de água, de acordo com os cálculos e tabelas do Serviço.
Segundo Maria Claudia Zamboni Fadanelli, fiscal da Divisão de Água e responsável pelo monitoramento do sistema, as informações obtidas pela tecnologia podem ser compartilhadas rapidamente dentro do Samae, facilitando as tomadas de decisões. Isso permite um melhor planejamento e desempenho operacional. “Hoje temos o controle dos reservatórios, com informações das vazões dos macros e pressões das bombas. Com isso, é possível investigar mais brevemente um problema ocorrido em uma determinada área”, ressalta Maria Claudia.
A redução dos vazamentos é um mecanismo eficiente no combate ao desperdício, algo que importa tanto para o meio ambiente como no programa de custos da autarquia. Os valores que hoje o Samae utiliza para combater esse problema poderiam ser investidos em novas obras e ações para melhoria no abastecimento. Além disso, com a redução das perdas, os sistemas atuais que abastecem a população poderiam ter uma expectativa maior de duração.
Saiba quais são os tipos de vazamentos encontrados pelo Samae:
- os vazamentos visíveis, que afloram na via pública, sendo esses de fácil detecção.
- os vazamentos não visíveis, detectados através de pesquisas de vazamento em uma determinada região. Nesse caso, a pesquisa normalmente é iniciada por problemas de falta d’água na região. Para detecção desses vazamentos, o Samae utiliza equipamentos de tecnologia avançada.
- os vazamentos detectados através de análise de gráficos de vazão no sistema supervisório. Nesse caso, o problema é identificado rapidamente, porém muitas vezes, a região atendida pelo macromedidor que apresentou a alteração na vazão é muito extensa e a solução do problema pode levar alguns dias.
Fonte: Samae Caxias do Sul
Imagem: Internet