Moradores do Bairro Garibaldi, em Jaraguá do Sul (SC), estão recebendo em suas propriedades as equipes contratadas pelo Samae para a instalação das fossas e filtros anaeróbicos pelo Programa de Saneamento Rural. A iniciativa é do Município, por meio do Samae, que está investindo aproximadamente R$ 1,5 milhão para levar saneamento básico às propriedades rurais daquela região, podendo contemplar mil famílias, conforme o cadastro de imóveis da região acima da captação de água da ETA Sul.
Uma destas propriedades é da família Stenger, cuja casa foi construída há quase 120 anos, no estilo enxaimel e que passará a ter um sistema adequado de tratamento de esgoto. De acordo com o proprietário Silvério Stenger, os resíduos produzidos pelos moradores vinham sendo depositados numa fossa de concreto, já que sempre teve a preocupação de evitar poluir os mananciais próximos à residência. Sobre a instalação de um sistema mais moderno, ele aprovou a iniciativa. “É ótimo e precisa ser feito, por causa do meio ambiente, para o futuro dos nossos filhos, dos netos, bisnetos e porque a água é vida. Precisamos preservar e que todo mundo faça o seu papel”, comenta.
Programa de saneamento rural
O lançamento do Programa de Saneamento Rural ocorreu no dia 16 de maio, no Gabinete do Prefeito Antídio Lunelli, onde foram assinados os contratos com duas empresas que executarão o programa no bairro Garibaldi.
Na presença de representantes das empresas Fibratec e H&G de Jaraguá do Sul, imprensa, moradores do Garibaldi e servidores municipais, o presidente do Samae, Ademir Izidoro, explicou que a iniciativa consiste na compra de mil conjuntos – formados por caixa de gordura, fossa séptica e filtro anaeróbio– que serão, primeiramente, instalados em cada propriedade rural localizada acima da captação da Estação de Tratamento de Água do bairro Garibaldi. “Essa será a primeira região contemplada com o Programa de Saneamento Rural, já que o Bairro Garibaldi concentra 25% de toda a área rural de Jaraguá do Sul”, diz ele.
Cada conjunto desses instalado custa aproximadamente R$ 3 mil. O Samae fornece e instala o sistema em cada casa para que os moradores tenham o tratamento de esgoto sanitário e, uma vez por ano, o Samae vai até a propriedade e faz a manutenção do sistema, recolhendo os resíduos e encaminhando-os para a Estação de Tratamento de Esgoto e, posteriormente, a um aterro sanitário. Cada conjunto possui uma capacidade de tratamento do esgoto gerado por uma família de até cinco pessoas. Para a prestação deste serviço, cada morador beneficiado pagará mensalmente o equivalente a TBO (Tarifa Básica Operacional), que é de R$ 16,34, valor mínimo para manter o funcionamento do programa.
Ademir Izidoro justifica a instalação dos equipamentos como uma forma de atender aquela região, com menos investimentos. “Se fossemos implantar a rede coletora de esgoto até o Garibaldi, precisaríamos de cerca de R$ 10 milhões, sem contar com as estações elevatórias. Desta forma, estamos dando uma solução para o destino dos resíduos com investimento de R$ 1,5 milhão, nesta etapa”, afirma. “Escolhemos a região do Garibaldi para começar o programa porque temos uma captação que abastece cerca de 70 mil habitantes de Jaraguá do Sul e precisamos de água de boa qualidade para tratar e distribuir à população”, finaliza.