Uma nova tecnologia utilizada na ampliação da rede de esgoto em Marechal Cândido Rondon (PR) tem recebido elogios dos moradores. Trata-se do método não destrutivo, prática que consiste na perfuração da rede de forma subterrânea, sem causar maiores transtornos na frente de casas e empresas.
“Colocamos no edital que as empresas deveriam destruir o mínimo possível na hora de realizar os trabalhos”, diz o diretor técnico e operacional do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), engenheiro Vitor Giacobbo.
“A empresa licitada aplica o método chamado não destrutivo, cavando um buraco a cada 20 metros em média. Aí perfura pelo subterrâneo, evitando estragar a calçada, o que diminui problemas aos moradores. Nas travessias das ruas também é assim. Nos últimos três meses trabalhamos da Avenida Rio Grande do Sul até a Rua Mato Grosso, no lado Sul da cidade, tendo executado cerca de dez mil metros de rede nesta área. Estamos quase no fim, sempre gera algum transtorno, porém bem menos do que antes”, acrescenta.
Giacobbo destaca que os servidores do SAAE estão muito contentes pelos resultados, que reverteram reclamações em elogios. “Vamos cobrar das próximas administrações o mesmo investimento para que consigamos levar o benefício do esgoto aos moradores sem gerar problemas”, enaltece.
Execução
A forma de execução da rede de esgoto pelo método não destrutivo é simples. "O buraco é cavado a 1,5 metro de fundura, depois uma espécie de vareta com água na ponta é empurrada por um trabalhador até o equipamento sair na outra extremidade. O profissional tem muita prática, de modo que chega a ser impressionante ver a maneira como ele trabalha. A rede é implantada no nível exato para que depois o esgoto ‘corra embora’”, explica o diretor do SAAE.
Segundo ele, o método aplicado é de bom resultado porque dois fatores estão aliados: um é a boa vontade e o conhecimento das pessoas que trabalham com isso e o outro é o equipamento certo para o trabalho. “Evitamos de abrir a vala 100 metros corridos, assim cavamos um buraco a cada 20 metros e concluímos o trajeto em dois dias. Depois é realizado o conserto da calçada e em uma semana o pessoal nem percebe mais que por ali passa a rede de esgoto”, enfatiza.
De acordo com Giacobbo, atualmente a região do Loteamento Borboleta recebe o serviço, sendo que posteriormente os trabalhos serão estendidos à região do Colégio Estadual Eron Domingues.
“Queremos fazer projetos ano que vem para contemplar com rede de esgoto da Rua Independência até o Leste da sede rondonense. Outros locais já concluídos e em pleno funcionamento são da Rua Alagoas até o Hospital Rondon e a região da Praça Willy Barth”, menciona.
Previsão de conclusão dos trabalhos
Conforme o diretor do SAAE, os trabalhos em prol da implantação da rede de esgoto no município tiveram início no ano de 1991, com a apresentação de um projeto à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no entanto a rede passou a ser implantada em meados de 1994.
Todavia, como não havia lagoa de tratamento, o serviço de esgotamento sanitário foi iniciado em setembro de 2013, com a conclusão da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
“Desde que assumimos (em 2017) trabalhamos na expansão da rede, sendo que quando a atual etapa for concluída nós teremos 35% da sede atendida pelo serviço, o que acontecerá até o fim deste ano. Acreditamos que com a continuidade dos trabalhos no ritmo atual 100% da sede urbana estará coberta pela rede de esgoto em no máximo cinco anos”, enfatiza Giacobbo.
Fonte: SAAE