A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - Seção Rio Grande do Sul (Abes-RS) realiza nos dias 13 e 14 de julho, em Porto Alegre, 1º Seminário Nacional de Gestão e Controle de Perdas de Água. O 2º vice-presidente da Assemae e diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Porto Alegre, Antônio Elisandro Oliveira, participou da mesa de abertura do evento.
Os debates levam em consideração aspectos técnicos, científicos e culturais sobre o assunto. O presidente da Abes-RS, Darci Campani, destacou a necessidade cada vez maior de aportar investimentos nessa área. “É um setor que precisa de muito investimento, por isso a importância da discussão. Em certos setores as perdas são valores normais, mas isso não é um consolo, não podemos mascarar a realidade, porque as perdas ainda são muito grandes”, salientou.
Elisandro destacou que a busca por um índice cada vez menor para as perdas não é impossível. “É necessário enfrentar as perdas de modo permanente. A média nacional de perdas é de 40%, e pode chegar a 70% em algumas capitais. Esses são indicadores que podem ser melhorados. O caminho é longo para atingirmos o patamar de perda mínima de água. Se existem países que tem índices de 6%, não é algo impossível. Porto Alegre tem uma perda de água hoje de 26%. O plano é que até o final do ano de 2015 esse índice seja de 24%. Buscaremos o menor índice possível para atender o olhar da sociedade que hoje se preocupa com isso. Procuramos adotar medidas de substituição de redes antigas, setorizar e acompanhar as áreas irregulares”, afirmou.
As perdas de água precisam ser vistas como uma oportunidade de estudo e ação. O engenheiro Mário Baggio destacou em sua palestra a importância de gerar planos estratégicos para a obtenção de resultados positivos. Para o controle das perdas, é necessário que haja um estudo para a formulação de estratégias específicas para atingir o objetivo.
A coordenadora da Assessoria Comunitária e do Programa Consumo Responsável do DMAE de Porto Alegre, Patrícia Tompsen Bandel, falou sobre o referido programa, que visa diminuir as perdas de água com as ligações clandestinas. A atividade cria uma rede provisória em comunidades que não possuem redes regulares e cobram somente uma tarifa social que é igual para todos.
O coordenador da Câmara Técnica de Gestão de Perdas da Abes-RS, Ricardo Rover Machado, comentou que ao final do evento será elaborada um documento que vai para o Congresso da Abes Nacional apresentando propostas para o segmento. “Queremos buscar recursos para essa área de controle de perdas. Todo avanço tecnológico exige investimentos financeiros e por isso a intenção é buscar essa verba no PAC e que, de fato, ele seja aplicado na gestão e consequentemente melhore a vida das pessoas”, destacou.
Ainda na segunda-feira, 13 de julho, a Assemae também se fez presente no seminário com a participação de Cíntia Maria Ribeiro Vilarinho, que é diretora de Comunicação Social da entidade e gerente de Desenvolvimento da Excelência da Superintendência de Água e Esgotos (SAE) de Ituiutaba (MG). Na ocasião, a palestrante destacou as ações estruturantes na gestão de perdas realizadas em Ituiutaba.
Com informações da Abes-RS