O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos (SP) concluiu no último dia 16 as obras de reconstrução da travessia aérea do emissário Monjolinho sobre o córrego Medeiros, que é divisa natural entre os bairros Recreio dos Bandeirantes e Conjunto Habitacional Dr. Romeu Santini.
A estrutura colapsada foi construída na segunda metade da década de 1990, utilizando-se tubos de concreto sustentados por vigas de concreto armado. O colapso ocorreu devido à propagação da onda de cheia proveniente do rompimento do barramento do córrego Medeiros, localizado em área interna do Parque do Bicão, ocorrido no início do mês de março/2021.
Os serviços iniciais consistiram em duas frentes de trabalhos distintos, sendo: (1) fabricação de treliça metálica e (2) serviços de limpeza da área, remoção das estruturas colapsadas e execução de novas fundações, em ambas as margens do córrego Medeiros, para a sustentação da treliça.
Importante salientar que ao iniciar os serviços de construção das estruturas de fundação para suporte da treliça metálica houve a necessidade de desviar o fluxo de esgoto do emissário Monjolinho e do interceptor Medeiros para garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos na obra, bem como para assegurar a perfeita execução dos serviços. Os pontos premeditados de lançamentos localizaram-se na conhecida Curva do Joinha, Rotatória do Cristo Redentor (ao lado da Avenida Dr. Tancredo de Almeida Neves) e na margem direita do córrego Medeiros a montante da obra.
Quanto ao método construtivo, a opção técnica adotada para a reconstrução da travessia foi a adoção de treliça metálica apoiada sobre pilares de concreto construídos em ambas as margens do córrego Medeiros, sem, entretanto, obstruir o fluxo normal de suas águas.
Quanto à tubulação, optou-se pelo uso de tubo de PEAD corrugado, com diâmetro de 1.200 mm devido ao menor peso, maior escoamento devido ao baixo coeficiente de atrito e longa vida útil.
O interceptor Medeiros, interligado ao emissário Monjolinho, são responsáveis pela condução, até a ETE Monjolinho, de aproximadamente 90% (noventa por cento) dos esgotos gerados na cidade de São Carlos, o que causou, durante a execução das obras, a necessidade dos lançamentos in natura nos córregos Monjolinho e Medeiros.
Com a conclusão das obras, foram restabelecidos o pleno funcionamento do emissário Monjolinho e do interceptor Medeiros e consequente tratamento dos esgotos na ETE Monjolinho.
Texto/Foto: SAAE São Carlos