Em artigo publicado pelo site americano The Roosevelt Institute, o renomado economista Joseph Stiglitz critica o processo de privatização para os setores de infraestrutura. Segundo o professor, premiado com o Nobel de Economia em 2001, os projetos controlados por empresas privadas são menos transparentes e se fundamentam apenas pelo objetivo de lucro, o que amplia a desigualdade econômica, prioriza o poder corporativo extrativista e enfraquece a democracia.
O estudioso também refuta o argumento de que a iniciativa privada seria mais eficiente que a gestão pública, afinal, os exemplos de fracasso com a privatização crescem em todo o mundo. Segundo ele, os formuladores de políticas devem entender a gestão pública como prioridade das ações de infraestrutura, a partir do alinhamento com o interesse coletivo. Confira o texto na íntegra em inglês: clique aqui.
Quem é Joseph Stiglitz
Joseph Stiglitz é um economista, professor e estudioso estadunidense. Sua obra tem influência direta nos campos de finanças públicas, crescimento, distribuição de renda, eficiência de economias capitalistas e, especialmente, nos estudos sobre as teorias do mercado. Além disso, Joseph tem parte de sua carreira ligada ao setor público e a instituições financeiras.
Stiglitz tem formação em economia e também possui o título de doutor. Com seu trabalho na área, Joseph Stiglitz venceu o Nobel de economia em 2001, em parceria com A. Michael Spence e George Arthur Akerlof. Em 2011, Stiglitz foi eleito pela Time um dos homens mais influentes do mundo.
No campo acadêmico, Joseph lecionou em faculdades importantes dos Estados Unidos, entre elas: Yale, Stanford e Harvard. Desde 2001, Stiglitz é professor na Universidade de Columbia.
No setor público, o economista foi, na década de 90, presidente do Conselho de Assessores Econômicos no governo do Presidente Bill Clinton. Joseph também teve cargos na área de desenvolvimento do Banco Mundial.
Ele também é um dos fundadores do Committee on Global Thought, copresidente do Initiative for Policy Dialogue e presidente da International Economic Association.
Foto: Arquivo Assemae