24 de Setembro, 2023

Drenagem urbana, manejo de águas pluviais e os desafios na integração dos serviços prestados

Mesa redonda realizada durante o 51º CNSA debateu a complexidade de uma gestão integrada

Na manhã de quarta-feira (20) a prestação conjunta dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais, abastecimento de água potável e esgotamento sanitário esteve em discussão, em uma mesa redonda realizada durante o 51° CNSA.

No bate-papo, os especialistas convidados discorreram sobre a importância do planejamento, destacaram os pontos de atenção para a implementação de projetos e apontaram os desafios e a complexidade da prestação de serviços conjuntos e da gestão integrada.

A questão da sustentabilidade financeira também foi abordada, tendo como exemplo, a dificuldade de se fazer a cobrança do serviço de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.  Os aspectos econômicos que interferem nas tomadas de decisão e a necessidade de se adotar uma visão sistêmica em relação aos processos que envolvem a integração dos serviços foram apontados como os maiores desafios do setor.

A Coordenadora de Drenagem Urbana da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Ana Cristina Santos Strava Correa, participou da mesa redonda. “Nós já sentimos falta do tema drenagem dentro desse evento que é o fórum ideal para a gente discutir a prestação de serviço. Esse serviço de drenagem urbana é essencialmente prestado pelas prefeituras e a Assemae congrega autarquias, prefeituras, então nós vimos que o assunto que domina aqui é água e esgoto, porém, todas as cidades sofrem com enchentes e inundações, por isso esse é um tema de suma importância para estar aqui no Congresso”, disse. 

Ana Cristina também comentou sobre os desafios e dificuldades para a integração dos serviços, especialmente no aspecto financeiro. “São muitas dificuldades e a prefeitura não tem para onde correr, por isso, a proposta da nossa discussão da mesa era, ao invés de pagar por prejuízos, vamos pagar uma taxa para tornar esses serviços sustentáveis, é  um assunto complicado para a maioria da população, mas é uma realidade, porque é um serviço que você está prestando para o cidadão, mas ainda carece de educação, de reconhecimento de que nós sofremos os prejuízos com a chuva e inundações porque tem algum problema na prestação do serviço de drenagem urbana”, explicou.

A coordenadora destacou ainda o papel da ANA no que diz respeito à regulamentação dos serviços e no processo de integração.  “Como a drenagem urbana é um dos quatro componentes do saneamento básico, além de água, esgoto e resíduos sólidos, a lei trouxe para a ANA a competência de fazer normas de referência, então é um apoio à regulação, quem regula são os agentes regulatórios”, finalizou

Última modificação em Domingo, 24 Setembro 2023 18:01
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