No dia 17 de maio é comemorado o Dia Mundial da Reciclagem. Uma data importante para que se reflita em todo o planeta o que o poder público, o mercado e a população estão fazendo de fato para minimizar a produção de resíduos e reaproveitar os materiais que são gerados constantemente nas cidades. Em São Bento do Sul, a boa notícia é que foi aprovado o projeto de lei de autoria do Poder Executivo que permite o subsídio de 50% do valor de venda dos materiais comercializados pelas cooperativas de catadores.
Agora, com essa iniciativa, será possível a Prefeitura Municipal, através do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), fomentar a atividade destas organizações que prestam um serviço fundamental na cadeia de economia circular. “Como o preço dos materiais caiu muito, hoje as cooperativas já trabalham em situação extremamente difícil e sem essa mão de obra para selecionar e separar o que pode ser reaproveitado, todo o processo fica comprometido. Foi uma importante conquista”, observou o prefeito Antonio Tomazini sobre a nova lei.
Inclusive, com o volume crescente de alumínio, papel, plástico e outros materiais disponíveis pelo salto da reciclagem no município, tendo atingido mais de 33% no último mês, é necessário que novas cooperativas sejam instituídas. “Estamos liderando um esforço para promover cooperativas sustentáveis na região. Por meio de um chamado público, onde está sendo oferecido espaço adequado para cooperativas em formação utilizarem gratuitamente por até 12 meses”, revelou o diretor-presidente do Samae, Osvalcir Peters.
Este espaço já está em operação, contando com novas entidades atuando. “No local cedido para as atividades já temos duas cooperativas em formação. Essa iniciativa se alinha aos diversos programas já implementados. Esta ação não apenas impulsiona a economia circular, mas também fortalece os laços comunitários e cria oportunidades de emprego verde. Junte-se a nós nesta jornada rumo a um futuro mais sustentável e inclusivo para todos”, convida Peters.
Programas
São cerca de 40 toneladas diárias de lixo recolhidos pela coleta, sendo que diversas ações estão sendo realizadas para minimizar o impacto desse montante na capacidade de armazenamento do aterro sanitário, bem como, no meio ambiente.
Além da coleta seletiva, foram instituídos o programa do saco laranja para descarte identificado e exclusivo de recicláveis, o Câmbio Verde, que possibilita a troca de materiais por frutas e verduras, os ecopontos, facilitando o descarte nos bairros, o Local de Entrega Voluntária (LEV), que recebe o que a população desejar dispensar em livre demanda, e a Usina de Processamento de Resíduos (UPR), que transforma lixo em bioenergia e em produtos para construção civil.
Futuro
A projeção da administração municipal é de que será possível, em breve, alcançar índices iguais ou superiores a países desenvolvidos, como Alemanha e Japão, que reciclam mais de 40% de seu lixo. “Tudo isso está sendo concretizado graças à colaboração e engajamento da população. São Bento do Sul é um exemplo de cidade que se preocupa com a destinação correta de seus resíduos e certamente colheremos frutos robustos em qualidade de vida e preservação das nossas riquezas naturais”, concluiu o diretor-presidente do Samae.