A Assemae Regional de Minas Gerais, em parceria com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Mariana (MG), realizou nos dias 15 e 16 de outubro o 4º Congresso Mineiro dos Serviços Municipais de Saneamento Básico. O evento ocorreu no Centro de Convenções Alphonsus Guimarães Filho, em Mariana, com a presença de representantes do governo federal, gestores municipais, técnicos, juristas e pesquisadores.
Sob o tema central “Escassez hídrica: desafios atuais e futuros para os municípios”, o congresso teve como objetivo promover a integração dos gestores públicos de saneamento básico, estimulando a troca de experiência e a construção de alternativas para o enfrentamento da crise hídrica nos municípios mineiros. A programação realizou mesas-redondas, palestras, apresentações culturais e uma feira de saneamento, que expôs as tecnologias de 15 empresas fornecedoras do setor.
Autoridades nacionais e regionais formaram a mesa de abertura do evento, incluindo o presidente nacional da Assemae, Aparecido Hojaij; prefeito de Mariana, Duarte Eustáquio Júnior; presidente da Assemae Regional de Minas Gerais, Tânia Maria Duarte; promotor de justiça do município, Guilherme de Sá Meneghin; diretora-executiva do SAAE de Mariana, Kenny Murta; analista da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Edicleusa Veloso; e o vereador Cristiano Vilas Boas, na ocasião representando a Câmara Municipal.
Durante seu pronunciamento, Aparecido Hojaij parabenizou a Regional Mineira pela realização do Congresso, ressaltando que a escassez hídrica exige o compromisso do poder público com as políticas planejadas e integradas. “As políticas públicas devem priorizar o investimento em segurança hídrica, o que significa garantir o acesso sustentável à quantidade e qualidade adequada de água para a subsistência, bem estar humano e desenvolvimento socioeconômico", alertou.
O prefeito destacou a necessidade de buscar soluções em conjunto para enfrentar a falta d’água. “Nós discutimos com diversas autarquias de saneamento do estado e do Brasil essa falta de recursos hídricos, e o município de Mariana tem tentado minimizar os investimentos com parcerias. Serão mais de R$ 2 milhões investidos até o final do ano em poços artesianos, para-raios, terminar a ETA de Águas Claras e a primeira etapa das obras em Monsenhor Horta”, disse.
Já Kenny Murta afirmou que o atendimento das demandas em períodos de escassez hídrica exige medidas importantes. “A gente tem uma equipe voltada aos problemas da população, buscando interceder em cada ponto que está sendo problemático. Entramos agora com uma campanha contra o desperdício para conscientizar a população, pois cada um precisa fazer sua parte”.
Além da crise hídrica, o evento debateu outros temas importantes ao cotidiano dos municípios, como as políticas de saneamento rural, gestão integrada ao meio ambiente, despoluição de bacias hidrográficas, tratamento de esgotos urbanos, regulação dos serviços, estudo tarifário, gerenciamento de resíduos sólidos e Planos Municipais de Saneamento Básico. O congresso recebeu a inscrição de 179 pessoas.
As palestras foram conduzidas por especialistas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Agência Nacional de Águas (ANA), Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), Secretaria Estadual de Saúde, Ministério Público, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Centro de Aproveitamento de Materiais Recicláveis (CAMAR) de Mariana e dos comitês de bacias.
De acordo com Tânia Duarte, os municípios que participaram do encontro tiveram a oportunidade de acessar informações fundamentais para a melhoria da gestão nos serviços de saneamento básico. “Estamos felizes pela realização do 4º Congresso Mineiro, pois temos certeza que os gestores municipais saíram do evento com várias soluções destinadas ao combate da escassez hídrica, buscando maior qualidade de vida para a população mineira”, completou.