“Desafios da Gestão Integrada do Saneamento Básico”, mesa-redonda conduzida por Valter Luiz Bossa, diretor do SAAE de Jussara (PR) e do Consórcio Cispar, reuniu palestrantes que atuam em sistemas públicos de água e esgoto, e também assumiram a gestão de serviços como drenagem de águas pluviais e resíduos sólidos.
Alexandre de Freitas Garcia, diretor-presidente do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep-RS) foi o primeiro gestor a comentar suas experiências. “Tem algo que se torna cada vez mais importante, que é o investimento em educação ambiental”.
Informações sobre como a cidade gaúcha cuida de questões da água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem foram elencadas pelo diretor. Segundo ele, a missão do Sanep é promover a universalização dos serviços públicos de saneamento básico, buscando a qualidade de vida da população, a excelência na prestação dos serviços, e a sustentabilidade ambiental.
O diretor-presidente do Serviço Intermunicipal de Água e Esgoto (Simae) de Joaçaba, Herval D’Oeste e Luzerna (SC), Paulo Cesar Lamin, foi o próximo a discorrer sobre sua experiência a frente do consórcio público. Investimentos, pesquisas de mercado, planejamento estratégico e gestão regionalizada, são alguns conceitos aplicados na direção da Simae.
“Um serviço público, teoricamente, não precisa ter lucro, mas não pode ter prejuízo”, pontou o gestor. Lamim lembrou ainda que esse tipo de gestão, que é consorciada e atende três municípios, traz vantagens como uma mesma estrutura atendendo cidades diferentes (custo barateado), além de mais autonomia administrativa.
Paulo Donizete da Costa, diretor da Águas Pantanal de Cáceres (MT) expôs, em seguida, o modelo de gestão da autarquia municipal que cuida do saneamento no município. Atualmente, presta serviços no tratamento, distribuição e coleta de água, esgoto, resíduos e também trabalha com drenagem.
O gestor criticou a dificuldade encontrada para financiar novos projetos que possibilitem a universalização do saneamento. Donizete defendeu a importância de buscar uma maior flexibilização e menos burocracia. E lembrou de uma máxima: “um real que se investe no saneamento vai significar quatro reais de economia nos gastos com a saúde”.
A mesa-redonda foi encerrada com a participação de José Carlos de Abreu, presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal (SAAEJ-SP). De acordo com o gestor: “as esferas políticas estão começando a enxergar o saneamento como algo tão importante quanto a educação e a saúde”.
Criada em 1974, o SAAEJ atende uma população aproximada de 78 mil pessoas, com 30 mil ligações, oferecendo ao município, na região metropolitana de Ribeirão Preto, 100% de água e esgoto tratados.
O 49º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae segue no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, até a sexta-feira (10), com uma ampla programação de atividades simultâneas. Acompanhe a cobertura do evento pelo site www.assemae.org.br/congressonacional.