O debate sobre a qualidade de vida segue em ampla expansão, principalmente devido ao aumento populacional e à degradação das condições ambientais. A ausência ou deficiência de serviços públicos de saneamento ambiental, agravado pela falta de planejamento, leva a condições precárias de salubridade ambiental na maioria dos municípios brasileiros.
Atualmente, uma das formas de mensuração dos impactos ambientais causados pelo ser humano é a utilização dos indicadores ambientais, que podem ser aplicados nas pesquisas relativas ao saneamento e salubridade ambiental. Dentre os indicadores ambientais, se destaca o Índice de Salubridade Ambiental (ISA), tema de mesa-redonda abordado pelo 49º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae, na quinta-feira (09/05), em Cuiabá.
Coordenada pelo professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Paulo Scalize, a mesa-redonda contou com participação dos seguintes especialistas: Débora de Lima Braga (pesquisadora da Universidade Federal de Goiás); Dirceu Scaratti (professor do Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE); João Orlando Flores Maciel (professor da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT); e Márcia Freire Dantas Coutinho (advogada e ex-Superintendente Estadual da Fundação Nacional de Saúde – Funasa de Goiás).
O debate se concentrou nos aspectos do Índice de Salubridade Ambiental em áreas rurais. Segundo os especialistas, o tema está relacionado à qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças provocadas pelo meio ambiente, além da promoção do aperfeiçoamento das condições mesológicas favoráveis à saúde da população urbana e rural. Sendo assim, o saneamento teria como objetivo buscar a melhoria da saúde dos cidadãos enquanto a salubridade ambiental seria o resultado dessas ações de saneamento.
De acordo com os convidados, o conceito de salubridade ambiental, abrangendo o saneamento em seus diversos elementos, busca a integração das políticas púbicas, de forma participativa e com a racionalização dos recursos aplicados. Na prática, a utilização desses indicadores serve como ferramenta para que o poder público planeje o desenvolvimento de suas ações, de forma a oferecer condições salubres para a população, assessorando nas tomadas de decisões quanto à prioridade de investimentos e monitoramento das áreas urbanas e rurais.