No último dia 20 de março, manifestantes do Coletivo de Luta pela Água se reuniram em frente a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo para reivindicar o fim do racionamento de água seletivo e a necessidade de planos de contingência no combate à crise hídrica.
Percorrendo a região central da cidade, os manifestantes carregavam baldes e cartazes com os nomes dos bairros onde a falta de água é cotidiana. No final do ato, o grupo foi atendido por um assessor jurídico da secretaria, que recebeu as reivindicações do movimento e prometeu levá-las ao secretário da pasta, Benedito Braga.
Formado por representantes de quase 90 sindicatos e movimentos sociais, incluindo a Assemae, o Coletivo de Luta pela Água defende que seja decretado estado de calamidade pública nas bacias do Alto Tietê e dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). “O ato teve como objetivo denunciar para a população a crise de abastecimento de água que a cidade de São Paulo e toda a região metropolitana vivem”, comentou o coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental e membro da executiva do movimento, Edson Aparecido da Silva.
Como alternativas para o enfrentamento da crise, o Coletivo propõe uma série de medidas a serem adotadas pelo Governo Paulista, entre elas, a estruturação de campanhas periódicas de educação ambiental, construção de planos de contingência, criação de programa de cisternas e reservatórios coletivos, além da suspensão dos descontos concedidos a grandes consumidores, a exemplo de shoppings, jornais, emissoras de TV ou condomínios de luxo.
Segundo o presidente da Assemae, Silvio José Marques, a crise hídrica precisa ser enfrentada com determinação. “É importante viabilizar as políticas integradas de segurança hídrica, criando pacotes de financiamentos para modernização dos sistemas, sobretudo, no que diz respeito à redução das perdas de água”, completou.