Apresentar e discutir soluções para os problemas ambientais que afetam os municípios, especialmente no que diz respeito ao tratamento de resíduos. Este foi o objetivo do 1º Fórum de Nova Tecnologias para o Tratamento de Água, Esgoto e Resíduos. O encontro, realizado na segunda-feira (14), na Câmara Municipal, contou com a presença de vereadores, servidores, Saae e também de representantes regionais da Sema e profissionais da área.
Jasson Maia, diretor de engenharia da Alma Ambiental, do Espírito Santo, que tem parceria com uma empresa italiana, apresentou um projeto com novas soluções para os problemas de destinação e tratamento de resíduos. “É uma unidade de um complexo industrial onde os resíduos podem ser transformados em energia. Do lixo é possível extrair carvão, biocombustível, gás e outros. O objetivo é trazer essa tecnologia onde tudo que é produzido diariamente pela população já seja transformado em energia”, explicou.
Entre os exemplos apresentados pela empresa estão a queima dos resíduos e a transformação destes em carvão vegetal, óleo, gás, etc., soluções para o tratamento de esgoto com a reutilização de 100% da água, tratamento de chorume e resíduos domésticos, tratamento de água potável com micro e ultrafiltração e sistema de eliminação de bactérias com a utilização de ultravioleta. “É muito importante para os municípios se preocuparem com essa geração de passivo ambiental, como por exemplo, um aterro, que será um problema durante 40, 60, 80 anos. Lucas do Rio Verde é um município que está um passo à frente com a implantação dos contentores e a separação de resíduos domésticos”, comentou.
O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Márcio Albieri, falou sobre a importância de debater novos modelos e tecnologias para esta área. “O debate é muito importante, pois a legislação tem mudado nos últimos anos. De 2015 para cá, muitos modelos que antes funcionavam, agora já são diferentes. Como exemplo temos a logística reversa, que determina que empresas se responsabilizem por materiais já descartados. E ainda existem alguns recursos públicos que dependem de ações e políticas implantadas pelos municípios. Enquanto poder público, nós temos que disciplinar essas situações”, enfatizou.
Lucas do Rio Verde produz diariamente 4 mil quilos de resíduos recicláveis e 43 mil quilos de lixo orgânico, este último é pesado, separado e encaminhado por uma empresa para um local adequado em Primaverinha.
O presidente do Legislativo, vereador Jiloir Pelicoli, reforçou a necessidade de estudar novos projetos, uma vez que a cobrança por melhorias é feita constantemente. “O Ministério Público nos cobra muito através de TACs e nós não temos uma solução. A questão do meio ambiente é um dever de todos nós e essa é a oportunidade de sanarmos essa adversidade. Podemos fazer parceria com outros municípios para viabilizar os projetos e beneficiar toda região”, disse.
Para o fórum foram convidados todos os prefeitos que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Alto Teles Pires (Cidesa).
Fonte: Prefeitura de Lucas do Rio Verde