Na quinta-feira, 06 de agosto, a Assemae recebeu a visita de quatro auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), que atuam em assuntos relacionados à agricultura e meio ambiente. O grupo propôs o encontro para conhecer a avaliação da Assemae sobre a problemática do esgotamento sanitário e seu impacto nos municípios.
Conforme esclarece o auditor Marcos Rezende Souza, o TCU pretende analisar em que medida as políticas e ações federais relativas ao serviço de esgotamento sanitário no país contribuem para a gestão eficiente dos recursos hídricos. “Nesse momento, nossa intenção é entender melhor as questões que permeiam as políticas de saneamento, com foco em esgotamento sanitário, por meio de entrevistas com especialistas e gestores da área”, informou.
A reunião abordou uma série de temáticas relacionadas à operação dos serviços de água e esgoto, a exemplo da dificuldade na obtenção de financiamentos, os altos custos com energia elétrica, as perdas de água nos sistemas de abastecimento, e a ausência de modelos tarifários que garantam maior sustentabilidade econômico-financeira.
O presidente da Assemae, Aparecido Hojaij, destacou que a maior parte dos municípios enfrenta problemas para a construção de projetos e a operação dos serviços de saneamento, em razão da carência de profissionais qualificados. “O país precisa investir na assistência técnica aos municípios, buscando a capacitação dos operadores, a viabilização de tecnologias e a formação de gestores de projetos”.
Hojaij também comentou a importância dos planos municipais de saneamento básico, considerados instrumentos para o desenvolvimento sustentável nas cidades e zonas rurais. Por meio do planejamento, a sociedade tem condições de identificar os problemas, diagnosticar demandas de expansão, estudar alternativas, e também delimitar objetivos, metas e investimentos necessários, com vistas ao pleno atendimento da população em abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana.
Segundo o presidente da Assemae, o TCU pode ser um grande parceiro dos municípios na luta pela universalização do saneamento básico. “Vemos com bons olhos a iniciativa do Tribunal porque entendemos seu importante papel na fiscalização dos recursos públicos e na orientação para a gestão eficiente”.