O 52º Congresso Nacional da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento), que acontece na cidade de Ribeirão Preto, trouxe o tema “Oportunidade e desafios da prestação direta dos serviços de saneamento básico na visão dos Prefeitos”. O auditório ouviu vários representantes municipais.
A fala começou com o presidente da Assemae, Rodopiano Marques Evangelista, que coordenou o painel e agradeceu a presença dos representantes.
De acordo com o Duarte Nogueira, prefeito da cidade de Ribeirão Preto, a questão do saneamento básico é um desafio para as metrópoles brasileiras e é dever do estado prestar esse atendimento, especialmente para as pessoas em vulnerabilidade social.
“Quanto mais autonomia nós dermos aos municípios, melhores serão os resultados em distribuição sem desvios de verbas”, disse o prefeito. Além disso, ele apresentou o Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas com o objetivo de reduzir os índices até o final de 2024 em 30% e a aumentar a otimização dos atendimentos de reparos de vazamentos, que atualmente são, em média, 24 horas.
Duarte e outros prefeitos também mostraram a necessidade em manter a união e a comunicação em situações de desastres como aconteceu no Rio Grande do Sul.
Em seguida, foi a vez do prefeito de Poços de Caldas, Sergio Azevedo, explicar que um diferencial da cidade é ter o próprio departamento de água e esgoto, ajudando, assim, a economizar nas taxas desses serviços. Ele também frisou que esse é um atrativo que oferece mais credibilidade para as indústrias da região. Porém, o prefeito de Poços explicou que apesar desse diferencial, é preciso melhorar e fazer investimentos em abastecimentos de água: “Fizemos uma represa já que não temos aquífero, mantendo água limpa e potável até 2035”, afirma.
Já o prefeito de São José do Rio Preto, Edinho Araújo, mencionou que cada cidade tem sua particularidade. “Nós criamos o Semae – Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto, para corrigir as tarifas que eram muito altas e assim aconteceu com a rede de esgoto. Agora, estamos lutando com um projeto para buscar água do Rio Grande e dar um tempo para o Aquífero Guarani”, disse Araújo.
E para o prefeito de Passos, em Minas Gerais, Diego Oliveria, a SAAE tem feito grandes investimentos junto a prefeitura, principalmente em um bairro que atingiu 60 anos na cidade e não tinha ainda rede de esgoto. “Fizemos um investimento de milhões e agora mudamos a realidade da população”. Além disso, o prefeito também explicou sobre vários projetos feitos pela SAAE que tem beneficiado os munícipes, oferecendo água potável e mais qualidade em saneamento e sustentabilidade.
Por fim, o prefeito de Itu, Guilherme Gazzola, despertou o debate e as dificuldades com o abastecimento realizado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), já que com a privatização desse serviço, as taxas serão cada vez mais altas para toda a população. O prefeito ainda mencionou sobre a qualidade da água e a problemática que o município vem enfrentando a respeito da falta d’água.