O painel “COP 30 – Mudanças Climáticas e Impactos no Saneamento”, da 53ª CNSA, coordenado por - Osvalcir Peters - Diretor-presidente do Samae de São Bento do Sul/SC, destacou a importância da conferência que ocorrerá em 2025, em Belém (PA), como oportunidade estratégica para integrar clima e infraestrutura. Especialistas alertaram para a crescente vulnerabilidade do saneamento frente a eventos extremos, como enchentes, secas e degradação ambiental.
Para André Sampaio, do Fonplata, a água deve ser o eixo central da COP 30, pois é por meio dela que os efeitos das mudanças climáticas se tornam mais visíveis, expondo falhas estruturais como a má gestão hídrica e o crescimento urbano desordenado.
Ao discorrer sobre o tema, Tais Sizo, da Secretaria Municipal de Urbanismo (Semur) de Paragominas/PA, foi direta: “O maior problema ambiental da Amazônia é a falta de saneamento.” Ela reforçou que as mudanças climáticas já estão em curso e impactam de forma desigual, atingindo especialmente populações vulneráveis.
Neri Chilanti – COMUSA de Novo Hamburgo/RS, complementou com propostas de redução de emissões no setor, como o uso de energia renovável e a melhoria na eficiência dos sistemas de esgoto.
Em relação à crise ambiental, Alexandre Ribeiro Motta - Presidente da Funasa ampliou o olhar como um todo: além das mudanças climáticas, a perda de biodiversidade também exige atenção. Para ele, a COP 30 representa uma grande chance de colocar o saneamento no centro das políticas climáticas, promovendo justiça hídrica, infraestrutura adaptada e desenvolvimento sustentável para as próximas gerações. Juliana Matos de Sousa - Presidente da ABES/GO, também esteve presente no debate.