Durante a mesa-redonda do 53º Congresso da Assemae, em Caldas Novas (GO), especialistas de todo o país reforçaram a educação ambiental como ferramenta essencial para o avanço do saneamento básico. Eles defenderam a conscientização popular como caminho para mudanças de comportamento, engajamento social e melhoria da qualidade de vida.
Segundo Maristela Soranço Miranda, da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) de Juiz de Fora/MG, a educação ambiental começa com a conscientização individual e deve abranger não apenas a água, mas também o esgoto, a drenagem, os resíduos sólidos e a coleta. “Se não transmitirmos essas informações, a educação ambiental não acontece”, afirmou. Carlos Henrique Moreira, da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), acrescentou que esse processo deve ser contínuo, integrado às políticas públicas e focado na sustentabilidade e na participação social.
Gestores de municípios com altos índices de cobertura em saneamento também compartilharam boas práticas. Luiz Roberto Del Gelmo, do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Jundiaí/SP, destacou que o município universalizou o serviço em 1998 e reforçou a importância de ações pedagógicas para promover saúde e mudanças de comportamento. Já Onésimo Sell, de Jaraguá do Sul/SC, apresentou o Programa de Educação e Valorização da Água (Proeva), que estimula a consciência ambiental desde a nas escolas.
Utilizar uma linguagem simples e acessível, especialmente para as crianças, é fundamental para promover a conscientização ambiental na sociedade. “Educação ambiental é nossa responsabilidade e deve ser comunicada de forma clara para que todos compreendam sua importância”, concluiu José Rui Bonatto, secretário de Água e Esgoto de Ribeirão Preto/SP.