O debate da tarde desta quarta-feira (11) sobre parcerias público-privadas como alternativas aos investimentos em esgotamento sanitário reuniu o Secretário de Fomento e Apoio a Parcerias de Entes Federativos, da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimento – Ministério da Economia, Wesley Cardia, e o membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Rogério Tavares. Os dois apresentaram informações sobre o tema, com mediação do diretor de Desenvolvimento Associativo Água e Esgoto da Assemae e presidente do Semae de Piracicaba (SP), Maurício André Marques de Oliveira.
Tavares ressaltou que “as PPPs são soluções interessantes para resolver a questão da universalização do esgotamento sanitário. Algumas das parcerias já realizadas resolveram essa questão e outras estão no caminho”, declarou, acrescentando que para uma PPP esgotamento sanitário ser viável, é preciso que já haja uma operação de abastecimento de água bem estruturada. Ele trouxe como exemplo a PPP Ambiental Metrosul, envolvendo a Corsan, que é responsável pelos serviços de coleta, afastamento e tratamento de esgoto, bem como atualização do parque de hidrômetros e atende 1,7 milhão de pessoas em nove municípios da região Metropolitana de Porto Alegre. “Trata-se de uma concessão de 35 anos entre Corsan e Agesab. Entre as metas da PPP está o de elevar a cobertura de esgoto de 33% para 87% nos 11 primeiros anos.
Já Cardia informou que desde a criação da Secretaria Especial do PPI – programa de concessões e privatizações e parcerias entre os setores público e privado, em 2019, até a última semana, a PPI possibilitou negócios de R$ 998 bilhões ao País. “Esse resultado se traduz em desenvolvimento e entrega para a população”, ressaltou. Ele também acredita que as PPP são “o caminho mais viável para a infraestrutura do País”, pois, segundo ele, “geram uma relação de ganha-ganha e beneficiam todos os envolvidos”.
Texto: Daniele Alves Seade