A mesa-redonda do 52º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento) contou com a presença de Sergio Antonio Gonçalves, secretário executivo da Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento); Rovério Pagotto, gerente de planejamento e projetos da Sanasa Campinas; Fuad Moura, superintendente de projetos especiais e novos negócios da Caesb (Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal); e Nicanor Batista Júnior, superintendente do Semae (Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto de São José do Rio Preto).
O bate-papo teve início com Sergio Antonio Gonçalves. O secretário ressaltou que inovação pode ser, também, a forma de gestão que é aplicada na cidade, e citou como exemplo o trabalho feito em Campinas e Ribeirão Preto, cidades que têm uma alta densidade demográfica. Na sequência, Rovério Pagotto, gerente de planejamento e projetos da Sanasa Campinas, compartilhou a experiência de levar a Sanasa à universalização do saneamento. “A inovação tem sido essencial nessa tarefa”, comentou.
É importante salientar que o Brasil apresenta desafios significativos, com grande parte da população ainda sem acesso a serviços adequados de saneamento. “A inovação tecnológica é vista como uma importante aliada para superar obstáculos, melhorando a eficiência e a cobertura dos serviços. Drones, GIS, BIM e LiDAR são cruciais para mapear e planejar a infraestrutura de saneamento. Com isso, aceleram a universalização do saneamento”, enfatizou o palestrante. O gerente de planejamentos ressaltou, ainda, que as tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial, Big Data e a Internet das Coisas, têm o potencial de transformar radicalmente o setor.
Fuad Moura foi o terceiro a se apresentar e abordou a Caesb em números, mencionando que a população atendida é de 2,817 milhões de habitantes, com um índice de atendimento de água de 99% e de esgoto de 92,3%. Fuad também afirmou que 100% dos esgotos coletados são tratados. O superintendente acrescentou que os principais eixos do programa de PDI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) na Caesb são: água, esgoto, economia circular, energia, meio ambiente, recursos hídricos e transformação digital.
O programa é regulado pelo Manual de Elaboração e Avaliação dos Projetos do Programa de PDI Adasa/Caesb, uma chamada pública bienal que seleciona projetos para dois ciclos de quatro anos. Por último, o recurso anual é de 0,2% da receita operacional direta, totalizando R$ 3,4 milhões.
Em seguida, Nicanor Batista Júnior discorreu sobre a falta de água e a péssima qualidade do esgoto em São José do Rio Preto. O superintendente se referiu à inovação como ferramenta para conseguir a universalização na cidade. “Todos os anos, temos um grupo dentro do Semae que estuda o planejamento e as necessidades que teremos nos anos futuros”, relatou.
22 de maio
14h às 16h Mesa redonda 7 – Inovação como ferramenta para a universalização dos serviços de saneamento básico - Auditório A
Coordenadora: Marcijane França Veloso - Secretária do Sistema de Água e Esgoto de Chapadão do Céu – SANEACÉU - GO
Convidados:
- Rovério Pagotto - Gerente de Planejamento e Projetos - Sanasa Campinas
- Fuad Moura – Superintendente de Projetos Especiais e Novos Negócios da CAESB
- Renato Machado de Rezende- Diretor-Geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto de Uberlândia - MG
- Nicanor Batista Junior - Superintendente do Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto de São José do Rio Preto – SEMAE - SP