A educação ambiental é peça fundamental para disseminar conhecimentos sobre saneamento e para fortalecer a cultura na sociedade. Durante o 52º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae, o tema ganhou uma mesa redonda especial que reuniu diversos representantes de cidades que trouxeram seus projetos e exemplos. A mediação do bate-papo foi de Talita Natália Ferrari, engenheira ambiental da Secretaria de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (SP), cidade anfitriã do evento em 2024.
Leonardo Borges Castro, assessor de Projetos e Obras da Superintendência de Água e Esgoto de Ituiutaba (MG), explicou como colocou em prática o projeto “Ituiutaba Recicla”, com foco no público adulto. “Apesar de todo o trabalho que já é feito nas escolas com crianças e jovens, pelo programa que começou em 2001, abordamos os adultos de todas as idades. E esta iniciativa foi tão positiva que se manteve ao longo de várias gestões, apesar de alguns prefeitos não acharem o tema relevante”, comentou.
Em Jacareí (SP), o assunto é abordado com a população em duas vertentes, como explicou o diretor-presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, Eder Campos Oliveira. “No âmbito socioambiental, trabalhamos com iniciativas para informar a população sobre o que acontece em seu bairro. Quando a população desconhece situações que ocorrem ao seu redor, há uma tendência forte para críticas. Por isso, promovemos reuniões antes de uma obra, durante e depois. Além disso, mantemos um canal aberto de comunicação para que eles reportem as condutas errôneas que aconteceram, por exemplo, e recebemos feedbacks sobre as obras. Já na educação sobre saneamento, atuamos com as crianças e jovens promovendo visitas nas estações de captação e tratamento de água e esgoto para que eles vejam de perto o ciclo do saneamento”, comentou. Eder contou ainda sobre o projeto “Educador Móvel” que, por meio de jogos interativos, educa as crianças de modo interativo e divertido sobre o assunto.
Outra iniciativa expressiva vem do município de Campinas (SP). “O saneamento é feito para pessoas e elas precisam ser educadas e orientadas. Entre tantas as atividades que desenvolvemos com a população podemos destacar o Museu Interativo da Água, que recebe visitas de toda a população. O museu, que é científico, brinca com a exploração educativa de modo lúdico e profundo. Por ano recebemos 5 mil visitas e o local fortaleceu muito o trabalho de conscientização com a sociedade”, explicou Deborah Camargo de Angelo, coordenadora de Serviço Social da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa).
Outros convidados participantes também apresentaram seus projetos voltados ao tema, como o assessor especial do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Jundiaí (SP), Luiz Antonio Trientini; e Milton Aparecido de Oliveira Figueiredo, assessor de imprensa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barretos (SP).
“A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) apoia os municípios, do Norte ao Sul do país, que executam projetos voltados para Educação Ambiental. Vemos a educação como peça fundamental para a evolução das cidades e para garantir o bem-estar e saúde para todos”, comentou José Antônio Motta Ribeiro, diretor substituto do Departamento de Engenharia de Saúde Pública da Funasa, que também participou do debate.